Como já cá não devo voltar antes de 2005....... BOM ANO a quem por cá no futuro passar... e ADEUS de vez 2004... que deixas poucas saudades...
Friday, December 31, 2004
A estupidez de alguns ao máximo!
A SIC Notícias passou uma reportagem onde entrevistaram portugueses que partiram depois da tragédia humanitária para a Tailândia, mantendo as férias marcadas como antes de tudo acontecer e de milhares e milhares de pessoas morreram ( contam-se no momento em que o escrevo mais de 100 mil ) numa das maiores catástrofes naturais de sempre.
Dulce Ferreira respondeu que já tinha as férias marcadas, que não tinha ficado nada preocupada com o que tinha acontecido, porque os pais, que lá estavam, tinham enviado uma mensagem a dizer que tinha havido "uns tsunamis e umas coisas", mas estavam bem.
Quando a jornalista lhe pergunta se estava triste com toda a situação Dulce Ferreira respondeu "sim, claro, agora já não vou ter todas as condições de férias que iria ter se por acaso não tivesse acontecido nada disto. por outro lado, estou contente, porque vejo as coisas mais ao natural, como elas são."
Aqui segue a fotografia da "inteligente" besta do ano 2004 esperando muito sinceramente que o rosto deste espécimen que um chamo de ANIMAL não seja esquecido, juntamente com a memória daqueles mais de 100 mil indivíduos que morreram. Mas... desde que esta besta tenha as suas férias imaculadas, sabemos que tudo neste mundo estará sempre, "SEMPRE" bem... Um bom 2005 também para si, sua grande e real BESTA que dá pela nome de Dulce Ferreira.
Saturday, December 18, 2004
Beyond Borders - Amor Sem Fronteiras foi o filme que comprei hoje. Gosto da Actriz, Anjelina Jolie, o tipo de história está feito à medida do género que eu gosto, e o filme surpreendeu-me pela positiva.
Cconfesso que já não esperava mais nenhum filme este Natal... Mas no momento em que me passam um cartão para as mãos e me dizem " Vai lá comprar um DVD "... Ora... quem sou eu para o recusar.. E pronto.. Foi a minha escolha deste fim de semana.
Uma história de amor, ou amor desencontrado, com um fundo que se baseia no drama dos refugiados e dos deslocados neste nosso pequeno GRANDE planeta, que aconselho a quem não o tenha ainda visto, ou queira rever.
Wednesday, December 15, 2004
Começo a minha selecção dos melhores filmes que vi este ano... Uma Casa na Bruma é sem dúvida um deles.. Desempenhos fantásticos de Ben Kingsley, Jennifer Connelly e Shoreh Agdashloo, um argumento excelente magnificamente dirigido por Vadim Perelman e uma banda sonora de cortar a respiração. Um dos exemplos máximos do bom cinema que passou este ano pelas nossas salas.
Sunday, December 12, 2004
Recebi, para grande entusiasmo meu, o link onde podemos votar para os People Choice Awards 2004. Pela primeira vez é o público que escolhe directamente quais os vencedores. Entre os vários nomeados temos filmes como Farenheit 9/11, A Paixão de Cristo ou Shrek 2.
Para quem é "amante" do cinema, tem aqui uma oportunidade de votar. É certo que algumas das categorias podem ser "menos importantes", mas sempre é uma forma de recompensar os filmes de que gostamos, bem como os actores e músicos ou até mesmo séries de televisão. Aproveitem agora porque os People Choice Awards são já atribuídos no próximo dia 9 de Janeiro de 2005.
E cá está a figura que para mim mais se destacou no ano de 2004. Sim, é certo que o seu passado não é por vezes o mais claro possível, mas se formos analisar a grande maioria dos nossos políticos e figuras públicas, muito, mas mesmo muito POUCOS têm um passado assim tão "claro" quanto seria de desejar. Os motivos que me levam a esta escolha são simples. Foi o político que em muitos anos voltou a dar um rosto à política Europeia, e que demonstrou uma posição de força junto da defesa dos nossos interesses. Sem recear as críticas e sem recear as oposições que isso lhe traria. Voltou a criar uma forte aliança entre as três principais potências Europeias ( França, Alemanha e Rússia ) que é essencial para a manutenção da paz e da estabilidade no nosso Velho ( sim velho ) continente. O prémio "Mundo Louco" de Personalidade do Ano de 2004 é assim entregue a Jacques Chirac.
Monday, December 06, 2004
" - Olá, quer contribuir para o Banco Alimentar "
" - Não ! "
" - Mas olhe que é por uma boa causa "
" - Sim, mas não quero participar, desculpe "
" - Egoísta "
" - Não ! "
" - Mas olhe que é por uma boa causa "
" - Sim, mas não quero participar, desculpe "
" - Egoísta "
" - Olhe, você julga que as pessoas para quem você está a contribuir só precisam de comer nesta altura e por ser Natal ? É que se julga então está muito enganado ! Estas pessoas existem no resto do ano... Ou ainda não parou 5 minutos para pensar nisso ? "
Pois é meus caros.. Aqui está num pequeno diálogo o motivo pelo qual não participo nestas ridículas campanhas que apelam ao coração ! Se quiserem achar que não o tenho... Bem, por vezes até é uma verdade.....
Friday, December 03, 2004
Vou fazer um apelo :P Aproveitem que não é sempre.... Para quem frequentava regularmente este blog, bem deve ter constatado que ele andou com uns probleminhas onde não o conseguia abrir e ler.
Como tal, e visto ter perdido a grande maioria dos sites, mas especialmente dos blogs que lia, gostava que, caso os seus respectivos "donos bloguistas" por aqui passarem me deixem o link ao vosso blog para o adicionar de novo, pois como disse não consegui recuperar todos.
Um abraço a todos, e vamos lá ver se deste já não há crises.
Sunday, November 28, 2004
To Kill my Inner Voice.... Qual será o objectivo de se eliminar a voz dos outros ? Desconforto... Má vontade... Ou o simples puro gozo ? As três unidas dizem-me ! Pois... Pessoalmente também alinho muito por esta última corrente. O único problema é saber qual a verdadeira motivação por detrás destes 3 pilares fundamentais. Desconforto talvez porque é incómodo ter uma ideia ou um pensamento... De facto pensar, algo que mais ninguém controla a não sermos nós próprios, é para a grande maioria das pessoas um problema.... Talvez por isso mesmo não o façam cerca de 70 % do tempo ( só ? ) que passam durante uma vida.. Daí compreendo como se torna desconfortável.A isto associado está a Má vontade, ou seja, para quê deixar o outro pensar, quando eu próprio não o consigo fazer ? É tão mais simples e confortável poder agir de má fé para contra terceiros, e assim tentar fazer com que os outros tenham " rédeas curtas ".Com isto tudo, resume-se a puro gozo... " Como eu não consigo, então mais ninguém conseguirá " a velha táctica do " eu quero, posso e mando ". E não somos nós portugueses tão acérrimos defensores desta boa e velha teoria que tem moldado a nossa maneira de ser nos últimos quê ?.... 800 anos ? E depois espantam-se quando eu falo mais do que aquilo que devo... Mas afinal, o que é de facto aquilo que devo ? Há limites... barreiras... fronteiras ? Hmm..... censura... pois... outro velho hábito português... a censura.... Enfim... MAIS palavras para quê ?Há limites para o que se deve dizer ou haverá modos de dizer tudo ? A meu ver, há modos de dizer tudo... Podemos chamar a atenção aos berros, o que irá suscitar um conflito, ou então mais simples será chamar a atenção de alguém com um pequeno reparo sobre uma determinada atitude do seu comportamento. Inibir no entanto, não será a melhor forma.Começo a ficar seriamente afectado sobre os propósitos das pessoas... Afectado repare-se, não diz respeito a que mude os meus hábitos sobre aquilo que faça.. Aliás, posso até mudá-los, mas nunca abandoná-los ou retraí-los. A mudança torna-se saudável desde que feita racionalmente e de consciência, e não de uma forma abrupta e inconstante. Não pode ser é, no entanto, provocado por outra pessoa que não seja, o próprio.Enfim.. Desabafos das 4 da manhã... o mais certo é isto nem ter o impacto que "supostamente" deveria ter.... ou não.... por isso por hoje páro... Já regressei do meu exílio bloguista que mais um pouco se dava por um mês, por isso, apesar de tudo já não foi mau... Aproveitem meus caros leitores, se é que ainda existem, porque infelizmente eu não duro sempre para os presentear com estas minhas pequenas " histerias de altas horas "... :D
Tuesday, November 09, 2004
Passam hoje 15 anos sobre o dia que mudou o rosto do minha Europa. O dia em que se acabaram as divisões entre o lado Ocidental e Oriental do mesmo povo. Um dia que me marcou, bem como transformou a minha maneira de olhar para o Mundo. Ainda me lembro de muitas coisas deste dia. Pela LIBERDADE que é tão constantemente esquecida
Friday, November 05, 2004
E assim passam mais umas eleições Presidenciais Americanas... Tendo em conta que acreditava piamente que os eleitores desta dita "Great Nation" ansiavam pela mudança daquilo que TODOS, ou quase, apelidavam como o "pior Presidente que os Estados Unidos alguma vez viram", deixei-me estar até tarde, BEM TARDE, a ver os relatos destas Presidenciais, quer através da SIC Notícias quer da CNN, quando depois de uma pequena pausa para dar descanso ao cérebro, vejo que Bush estava à frente, e prestes a alcançar a Presidência.
Fui dormir...
Qual não foi o meu espanto, ou talvez já nenhum, ao saber no dia seguinte que Bush tinha vencido as eleições. Surpresa ?! Bem... analisando lá bem no fundo, não é de facto surpresa nenhuma. As pessoas não anseiam pela mudança. As pessoas desejam manter tudo igual. Tudo inalterável. Tudo pelo MAL... Tudo pelo retrógrado, pelo imutável. A estagnação ? O retrocesso ? Tudo...
Foi com profundo desagrado que constatei no passado dia 3 de Novembro, que o fosso que separa os dois lados do Atlântico, estava de facto em risco de se abrir ainda mais. Resta saber agora quantas pessoas irá ele "engolir" desta vez, e a propósito de que nova vaga de invasões justificadas ( ? ou não ? ).
No mesmo dia recebi um mail fantástico de um amigo português que se encontra neste momento a viver nos Estados Unidos, e que vou transmitir, para que sábias palavras possam, espero, ter algum eco na mente de quem as lê, pois espelham muito bem aquilo que vai também na minha mente, e não ser capaz de o pôr nas melhores palavras.
" Olá a todos,
Hoje parece ser um dia triste para a maioria dos Europeus. "Four more years" (o slogan republicano para a re-eleição do Bush) pegou e ficou. E a reacção tem vindo de vários quadrantes. Hoje alguém perguntou-me: "tens a noção que vives entre atrasados mentais?" (Portugal). Outra pessoa dizia-me "I am still in denial" (EUA). Outro ainda disse que eram como viver em 2003 e perceber que o Bush fica até 2008 sem eleições (EUA).
Vivo no condado do Cuyahoga, onde fica Cleveland. Todos os olhos estavam fixados em nós ontem à noite: quem iria ganhar o Ohio? Os resultados das principais cidades saiam, mas do Cuyahoga publicavam-se poucos ou nenhums resultados. Afinal, as mesas de voto tinham fechado às 19:30 e porque raio era 23:00 e ainda só se tinha 15% das votações? O facto é que os americanos em muitos aspectos ofereceram uma lição de humildade do mundo sobre a democracia.
Não existem sistemas perfeitos de democracia. Mas ontem foram às urnas mais de 100 milhões de pessoas votar nas eleições mais importantes algumas vez na memória do país (e do mundo?). Sabia-se que muita gente iria votar pela primeira vez e que muita gente que tinha preferido ficar em casa em eleições anteriores iria votar desta vez. Nunca se pensou que tanta gente aparecesse. O resultado foram filas e horas e horas de espera. Horas e horas de espera onde as mesas não fechavam porque toda a gente contava e ninguém fica para trás. Muitas mesas do Cuyahoga não fecharam antes das 21:00 e das 22:00 (de acordo com o reportado na televisão). A corrida presidencial decorreu em feição: não houve problemas com o voto electrónico; não houve intimidação para com os eleitores; houve um vencedor claro e absoluto 24 horas depois das eleições - e um que ganhou o total nacional.
No Cuyahoga as pessoas esta tarde estavam tristes e a chuva que caía sobre Cleveland ajudava ao clima triste. Afinal cerca de 68% das pessoas votaram em Kerry, tendo ganho dentro do condado com uma margem de 220.000 votos (total só mesmo ultrapassado em Filadelphia). Ninguém no Ohio queria tanto uma vitória do Kerry como em Cleveland, mas a cidade não são os campos e as áreas suburbanas do país. Esse país distante que chamamos América escolheu o seu candidato; mas essas pessoas não vivem ao pé das antigas torres gémeas, não olham todos os dias sobre Manhatan e não sentem o medo de andar de metro todos os dias; essas pessoas não sentem as ameaças de segurança todos os dias contra os prédios do FMI ou do Banco Mundial. A "América real" escolheu o seu candidato: pelos valores conservadores, apoiados na religião e agitando os fantasmas do medo. É esta a América com que temos que lidar.
Inté a todos.
Hugo "
Hoje parece ser um dia triste para a maioria dos Europeus. "Four more years" (o slogan republicano para a re-eleição do Bush) pegou e ficou. E a reacção tem vindo de vários quadrantes. Hoje alguém perguntou-me: "tens a noção que vives entre atrasados mentais?" (Portugal). Outra pessoa dizia-me "I am still in denial" (EUA). Outro ainda disse que eram como viver em 2003 e perceber que o Bush fica até 2008 sem eleições (EUA).
Vivo no condado do Cuyahoga, onde fica Cleveland. Todos os olhos estavam fixados em nós ontem à noite: quem iria ganhar o Ohio? Os resultados das principais cidades saiam, mas do Cuyahoga publicavam-se poucos ou nenhums resultados. Afinal, as mesas de voto tinham fechado às 19:30 e porque raio era 23:00 e ainda só se tinha 15% das votações? O facto é que os americanos em muitos aspectos ofereceram uma lição de humildade do mundo sobre a democracia.
Não existem sistemas perfeitos de democracia. Mas ontem foram às urnas mais de 100 milhões de pessoas votar nas eleições mais importantes algumas vez na memória do país (e do mundo?). Sabia-se que muita gente iria votar pela primeira vez e que muita gente que tinha preferido ficar em casa em eleições anteriores iria votar desta vez. Nunca se pensou que tanta gente aparecesse. O resultado foram filas e horas e horas de espera. Horas e horas de espera onde as mesas não fechavam porque toda a gente contava e ninguém fica para trás. Muitas mesas do Cuyahoga não fecharam antes das 21:00 e das 22:00 (de acordo com o reportado na televisão). A corrida presidencial decorreu em feição: não houve problemas com o voto electrónico; não houve intimidação para com os eleitores; houve um vencedor claro e absoluto 24 horas depois das eleições - e um que ganhou o total nacional.
No Cuyahoga as pessoas esta tarde estavam tristes e a chuva que caía sobre Cleveland ajudava ao clima triste. Afinal cerca de 68% das pessoas votaram em Kerry, tendo ganho dentro do condado com uma margem de 220.000 votos (total só mesmo ultrapassado em Filadelphia). Ninguém no Ohio queria tanto uma vitória do Kerry como em Cleveland, mas a cidade não são os campos e as áreas suburbanas do país. Esse país distante que chamamos América escolheu o seu candidato; mas essas pessoas não vivem ao pé das antigas torres gémeas, não olham todos os dias sobre Manhatan e não sentem o medo de andar de metro todos os dias; essas pessoas não sentem as ameaças de segurança todos os dias contra os prédios do FMI ou do Banco Mundial. A "América real" escolheu o seu candidato: pelos valores conservadores, apoiados na religião e agitando os fantasmas do medo. É esta a América com que temos que lidar.
Inté a todos.
Hugo "
A única coisa que agora espero, é que continue este meu espaço europeu a ter os mesmos grandes líderes que teve nos últimos anos, que consigam dizer NÃO e fazer frente a quem nos queira lançar numa próxima loucura e corrida pelo sangue.
A única coisa que espero... é que agora mais que nunca, saiba o meu povo unir-se numa voz, para poder fazer frente aos novos desafios que nos vão sendo "impostos" ( ? ) pelas novas vontades de encontrar um novo inimigo que justifique a vontade de alguém em comandar o Mundo pela força, pela subjugação e pela opressão.
A todos desejo, uns menos maus, porque bons não chegam a ser nunca, próximos QUATRO anos, e que nos aguarde o mal menor...
Saturday, October 30, 2004
Monday, October 25, 2004
Darfur - Tell HIM what's PEACE ?
Aqui há uns anos atrás, ouvi o repórter Henrique Garcia, então da RTP 2, a fazer o seguinte comentário a respeito no Conflito nos Balcãs:
" O que tornou o Homem nesta besta perante a Humanidade ? "
Cada vez mais, e com o despejar de notícias sobre um ou mais um conflito no planeta, dá que pensar que a frase ou o pensamento de Hentique Garcia continua ainda hoje actual, e cada vez MAIS actual.
A questão que agora se coloca é, será que vai haver o dia em que deixamos de ter na nossa "presença" tantas BESTAS ??!!
I guess NOT !!
Sunday, October 17, 2004
Friday, October 15, 2004
Após alguns dias de afastamento do blog, praticamente por não ter nada para cá dizer, e o escrever só assim deve ser feito, quando algo de útil, aos olhos de quem escreve, existe, cá volto eu para mais um temazinho interessante.Lá dei umas voltas aos blogs do costume, e mais uns tantos que pelo caminho se vão vendo, quando dou com as notícias, comentários de opinião e afins sobre um político italiano, de seu nome Rocco Butiglione. Achei curioso porque, já havia sido tema de conversa entre amigos, que muito pertinentemente me sabem lançar estes temas, visto que lá vou "devorando" um pouco de política e políticos italianos, e que assim estavam curiosos de saber aquilo que realmente penso do indivíduo em questão.Este senhor, que havia sido indigitado pelo primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi para a pasta dos Assuntos Europeus no Governo italiano, fora agora a escolha do Sr. Berlusconi, para ser o Comissário apontado por Itália à Comissão Europeia.Tendo já conhecido algumas das opiniões e alguns dos afazeres deste senhor, fiquei de alerta para qual a pasta que Itália ( ou Berlusconi ) pretendia, para ver o que "me" iria sair na rifa. Fiquei incrédulo quando leio que a pasta escolhida é, nem mais nem menos que a da Justiça e Assuntos Internos.Para não utilizar a expressão de que " caí de cu " ( ups... utilizei ), vou dizer antes que fiquei boquiaberto. E porquê ? Simples.... Vamos desconstruir a "pasta": . Justiça... A pasta da Justiça a um indivíduo ( ups... lá o desci de senhor para individuo.. hmmm... ) que defendia a criação de "campos de retenção" ( sim, não lhes chamemos campos de concentração porque está tão démodé ), para albergar cidadãos vindos de África e que procuram abrigo, por diversas razões, na Europa.A pasta da Justiça, a quem apela à edificação de campos de concentração... Ok... já ouvi muita coisa... porque não mais esta ? Afinal de contas, HÁ infelizmente gente para tudo !!! Para quê estranhar ??!!A segunda questão que aqui coloco, são as duas célebres frases que este senhor defendeu e que consistiram basicamente em dizer que "as mulheres eram para estar na cozinha" e que "a homossexualidade é uma aberração"... Ora vejamos... ideias ou ideais tão retrógrados como este, estão à partida a discriminar uma significativa parte da população Europeia, bem como.. além de discriminar hoje uns, que impede de o fazer a outros amanhã ? E os que não são Europeus ? Terão de alguma forma protecção contra este indivíduo ? Na minha opinião NÃO. Qual a Liberdade conferida a nós cidadãos com este senhor ? NENHUMA. Segundo ponto da questão: . Assuntos Internos... Quando foi Itália sob a liderança de Berlusconi que mais entraves colocou à questão do mandato de captura Europeu, a minha única e mais óbvia pergunta é " Que garantias teremos nós de que o Sr. Rocco Butiglione vai garantir a integridade da posição que ocupa como Comissário da Justiça e Assuntos Internos ? Será que vai manter a sua "imparcialidade" ? " Respondendo então àqueles que se questionam, o meu voto a este senhor é obrigatoriamente NEGATIVO. Esteja ele ou não nomeado e empossado como Comissário, a minha única e última esperança para com tal senhor, é que nas legislativas italianas de 2005, a vitória chegue às mãos seja de Romano Prodi, seja de Walter Veltroni, e que, conscientemente MUDEM o Comissário italiano junto da Comissão Europeia.Mais óbvio que isto meus caros, só fazendo um desenho... Como não tenho jeito para as artes, espero sinceramente que isto vou esclareça as dúvidas.
Saturday, October 09, 2004
Wednesday, October 06, 2004
Uma verdadeira " Estranha Forma de Vida " que se apagou faz hoje 5 anos. Para nós, os que gostávamos dela, ficou a imagem de uma fadista, A fadista, de uma embaixadora do nosso país, de uma Senhora, de um símbolo... A mim fica-me uma imagem de irreverência. Por isso, e por ser o meu " Barco Negro " lhe agradeço. À SUA MEMÓRIA.
Tuesday, October 05, 2004
Estava hoje a ver o Diário de Notícias, quando exactamente na última página, na secção Pessoas, deparo com a notícia de que, a Holanda, país onde se refugiou e escondeu Anne Frank e a sua família durante a agressão alemã na Europa, recusa dar a cidadania holandesa a Anne. Motivo para tal, o país não permite a cidadania a título póstumo.
Por ridículo que isto pareça, é esta a justificação. A minha única questão, além de todo o problema MORAL que isto levanta, é que, enquanto Anne Frank depois de morta deu dinheiro e divulgou uma importante parte da História daquele país tudo esteve bem, e agora que se fala no reconhecimento de cidadania, recusa-se esse direito ?
Holanda, Holanda... Para um país tão avançado em todas e mais algumas áreas da sociedade, não deixes que seja este o "tópico" que vai manchar o teu imaculado curriculum. Ainda para mais, no que diz respeito ao Direito de Cidadania, algo que está expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo XV para ser mais concreto.
Medo de criar precedentes ? Se se criam em tantos aspectos... Não será este que irá criar um problema de ordem maior. E pela dignidade, e especialmente pela correcção do passado, não será mais do que um dever reconhecer-lhe a nacionalidade.
Monday, October 04, 2004
O Homem Elefante, mais uma incursão pelo cinema. Sempre ouvi falar bem deste filme, mas foi apenas este ano que me deparei com o mesmo. Através das minhas pesquisas, sempre constantes por dvd's interessantes e a preços mais acessíveis, deparei com um exemplar deste filme num caixote, literalmente falando, e espantou-me o seu preço relativamente baixo, ao que pensei " Hey, tá barato, se não prestar, também não perco muito ! "
Pois, e como felizmente me enganei ! O filme está simplesmente uma pérola. Um argumento fantástico, magnificamente representado por Anthony Hopkins, John Hurt e Anne Bancroft, acompanhado com uma das mais belas bandas sonoras que ouvi até hoje. Este é sem dúvida um filme digno. Foi o retirar de uma preciosidade que estava, literalmente falando abandonada. Um filme marcante.
Pensando na deformação que John Merrick ( o Homem Elefante ) tinha, e toda a vida degradante que era obrigado a levar, sendo obrigado a exibir-se numa feira de "aberrações", de pessoas que, como ele, possuíam deformações, e que todos os outros pagavam para ver, esquecendo que por detrás de um rosto deformado estava sim, um magnífico e inteligente ser humano, dotado de uma enorme sensibilidade. Sensibilidade esta que fazia esquecer qualquer deformação que à primeira vista poderia chocar a mente dos demais. Sensibilidade esta que alguém conseguiu ver, sentir e apreciar, tendo o privilégio de conhecer o Homem para além do rosto.
Pode parecer muito "banal" falar disto assim, mas aconselho a quem tiver a oportunidade de VER este filme, porque garanto; quem fôr apreciador de cinema, decerto não se irá arrepender.
Tudo isto leva-me ao real sentido do meu post de hoje, mais um que espero que leiam com a devida atenção, pois este sim, é dos de maior importância. Há cerca de 3 anos tomei conhecimento de um senhor, que confesso não saber o nome, que vive aqui pela área de Lisboa ( pois já o vi em mais do que uma localidade, logo não sei onde habita ) que tem o rosto tal como tinha John Merrick. Só que neste caso, tem o rosto com uma deformação ainda maior, não podendo à primeira vista reconhecer-lhe nem sequer os olhos.
Não sei se se trata do mesmo problema, sei apenas que meses mais tarde, passou uma reportagem no Telejornal, onde este senhor se queixava de não poder ter um trabalho, de não poder ter uma vida normal, e de não poder sequer ter um bilhete de identidade que mostrasse o seu rosto, e não um infeliz problema que tem. Dedica-se assim, a uma vida de pedir esmola, muitos se calhar já o viram no Largo do Rossio em Lisboa a pedir esmola junto à livraria do Diário de Notícias, onde mostra curiosamente o seu BI. Escusado será de dizer que, muito poucas ou quase nenhuma pessoa sequer cruzam o seu mesmo caminho.
O que me leva a escrever este post... Além do evidente alertar para uma situação que deveria receber os cuidados so "nosso" Governo de forma a poderem solucionar uma vida mais digna a este cidadão também ele português como qualquer um de nós, onde poderia quiçá ser alvo de operações plásticas que soluccionassem o seu problema, sou também obrigado a pedir-lhe desculpas. O MEU pedido de desculpas por devido a estupidez de jovem ter um dia dito aquilo que não devia. Ter proferido palavras que não deveria, e ter sido o exemplo daquilo que condeno. Um péssimo exemplo. Sei que palavras "bonitas" agora não solucionam o mal que foi feito, mas, é uma tentativa de pedir desculpas. Mesmo sabendo que muito provavelmente não irá ler NUNCA isto, haverá quem o irá ler, e estas sim, são as minhas mais sentidas palavras de desculpa, e para que talvez ( TALVEZ ! ) sirva como alerta para o seu problema. Acredite que está em MIM alguém que o deseja.
Passando a "cópia" do que diz no próprio cartaz do filme que anteriormente mencionei, e com todos os meus erros, " Sou um Ser Humano ". Um ser humano que errou !
Sunday, October 03, 2004
The Misfits
Estava eu na minha habitual leitura nocturna dos blogs, quando de repente me lembrei de um filme, The Misfits - Os Inadaptados. O mais curioso é que nunca vi este filme, e sem mais nem menos me lembrei dele. Estranho... ou talvez não. Este filme conta com a participação de três das grandes estrelas de Hollywood, Clark Gable, Marilyn Monroe e Montgomery Clift.
De facto, o nome Inadaptados assenta-lhes que nem uma luva. Pelo menos a Monroe e a Clift, que, em vida foram assaltados por inúmeros problemas amorosos e no caso de Monroe, dependência de droga.
O que me fez lembrar disto ?... Talvez terem sido vidas céleres.. Ou pessoas que levaram uma vida rápida demais... Que entraram num expoente máximo da sua glória tão depressa como a rapidez com que tudo se desmoronou. Como tiveram o Mundo na mão, e tão rapidamente ele desapareceu, tendo depressa caído no caos.
Foram eles que não souberam aproveitar as oportunidades que tiveram, ou, e agora recorrendo a uma frase feita " terá sido o Mundo que não os aproveitou ? ". Se pensarmos bem, quantos " inadaptados " temos nós a andar por aí ? Pelas ruas, ao nosso lado no metro, no comboio, no autocarro, na porta ao lado ? À nossa frente no café.. No banco da escola... Um colega de trabalho ?
Quem e quantos serão de facto os " inadaptados " que co-habitam connosco neste planeta ? Quais as tarefas, ou melhor, qual seria o contributo deles para a nossa comunidade, se as suas capacidades fossem exaltadas e aproveitadas de modo a poderem mostrar-nos o seu contributo ?
Pessoalmente, e perdoe-me, ou não, quem ler isto, mas prefiro acreditar na hipótese de que o Mundo é que é pequeno demais para os inadaptados, relegando-os à partida para um lugar muito pequeno na sociedade, para que, mesmo que triunfem numa qualquer área, sejam " obrigados " a cair rapidamente de modo a que nada ou ninguém os consiga seguir. Que ninguém consiga ouvir aquele pequeno ( ou grande ) berro que estas pessoas deram para se poderem afirmar na grande ( ou pequena !! ) sociedade que os rodeia.
Pelo pouco que valha a minha opinião, dou já à partida um voto de confiança a todos os " inadaptados " que por aí andam :)
Saturday, October 02, 2004
Achei piada a este link sobre as Eleições Americanas de 2004 e não fui capaz de resistir a ir lá deixar o meu pequeno e modesto voto. Experimentei e vejam os resultados de alguns países. Tem a sua piada ver as tendências, ou pelo menos algumas delas.
Estava eu a caminhar pela visita nocturna aos blogs habituais quando me deparo com este teste da Bússola Política, que encontrei no Despachos lá me resolvi a fazer o teste:
Moi de esquerda ??!! Onde é que já se ouviu falar de tamanha "barbaridade" ? ( Leiam por favor os menos conhecedores como uma piada brutalmente sarcástica !!! ). Vi através do blog do fishkid a posição de algumas personalidades políticas a nível mundial, e fiquei extremamente feliz de ver que o meu resultado se aproxima imenso de alguém que admiro bastante, o Sr. Nelson Mandela ( e até fazemos anos um a seguir ao outro :P )
Quem quiser.... que se teste ;)
Wednesday, September 29, 2004
Monday, September 27, 2004
Acabei de rever agora um dos filmes mais bonitos que vi até hoje. Ok ok, tem a Monica Bellucci sim, mas na altura em que o vi pela primeira vez, ainda não tinha sequer prestado atenção à actriz que é. Era "apenas" mais um filme italiano que passaria cá por casa. Felizmente surpreendeu-me pela positiva. Do realizador Giuseppe Tornatore, que também realizou o Cinema Paraíso e A Lenda de 1900, outros dois magníficos exemplos do que de bom nos pode trazer o cinema, Malèna conta a história de uma mulher que vê o seu marido para a guerra, deixando-a sózinha numa pequena aldeia da Sicília. Sózinha, jovem e bonita em pouco tempo se torna no centro das atenções dos homens da aldeia, bem como no alvo do ódio das suas mulheres. Por se tornar sempre indiferente ao que lhe dizem, seria o alvo perfeito a "abater". Não parece isto quase como uma história dos nossos dias ? Se não os vences juntas-te a eles ? Ou será que a indiferença consegue permanecer a melhor arma de combate para com aqueles que queremos manter distantes e os quais nos são indiferentes ? Tudo neste filme está na minha opinião a um nível superior. O seu argumento, as suas interpretações, realização, fotografia... TUDO... Olhamos tanto para os grandes filmes e super-produções que muitas vezes nem de entretenimento valem, quando temos filmes feitos aqui bem perto de nós que valem como pérolas. A quem gosta de bons filmes, que tanto nos podem emocionar pela crueza dos actos que todos nós podemos cometer, bem como no momento seguinte nos fazer soltar um sorriso de orelha a orelha, recomendo vivamente este filme, que garanto ninguém fica indiferente.
Saturday, September 25, 2004
A foto de Simona Torretta, uma das italianas raptadas no Iraque, por um grupo terrorista que a tem como alvo para justificar mais um qualquer acto bárbaro a cometer. Voluntária da organização Un Ponte per Bagdad, espero que volte para junto dos seus ilesa. Ou teremos a infelicidade de receber mais um bom coração, extinto através dos cruéis hábitos e sede por sangue e desgraça de mais um grupo de terroristas ?
Todos sabem a minha próxima ligação a Itália, dado ter neste país parte das minhas origens, portanto sabem o motivo que me leva a colocar este post. Espero que como eu, tenham também vocês um pouco de tempo para dispensarem a este caso.
Friday, September 24, 2004
Thursday, September 23, 2004
YEAH RIGHT !!!
Stupid little old US.... To renounce my freedom in absolute SILENCE !!!??? Yeah right... I mean... Aren't the wars perpetrated today in the name of Freedom ? Isn't in that what's entering our houses each day throughout TV ? Isn't it that what our leadres told us for the past year and a half ? So..... Now we must decline OUR freedom so that others should have it ? Yeah RIGHT !!!
I'm a European... so noone shuts me up....
GOT A PROBLEM WITH THAT ???!!!
I mean... We spend our whole life listening to other people saying that 60 years ago they couldn't speak... enjoy their youth... to live in peace... NOW we are told that we should renounce our rights, and renounce them in SILENCE ??!!
Come one... Tell me another one....
And the jokes keep on coming...
" A popular bar had a new robotic bartender installed. A fellow came in for a drink and the robot asked him, "What's your IQ?" The man replied, "150." So the robot proceeded to make conversation about Quantum physics, string theory, atomic chemistry, and so on. The man listened intently and thought, "This is really cool." The man decided to test the robot. He walked out of the bar, turned around, and came back in for another drink. Again, the robot asked him, "What's your IQ?" The man responded, "100." So the robot started talking about football, baseball, and so on. The man thought to himself, "This is quite amazing." The man went out and came back in a third time. As before, the robot asked him, "What's your IQ?" The man replied, "50." The robot then said, "So, you gonna vote for Bush again?" "
It's funny how some jokes really are a mirror of today's society. And YES.. to all those who are reading this... I really am hoping that Bush looses 2004 elections for US Presidency. I'm not saying Kerry is great but.... the smallest problem is always recommended. Along these last four years the distance between the two sides of the Atlantic became bigger. The morron's that some of us elect to lead us, instead of approching us, continue to separate what was allready apart.
Would it be possible for the "Atlantic" to become a lake and not an Ocean ? However, this has to be something wanted by both sides, not just one. And with mad people leading us, nothing will make this side wanting that approach.
WE should think on that... At least for 5 minutes each day.. It doesn't take that much time...
Com uma pequena anedota se caracteriza o Mundo.... Aqui vai ela:
" A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial. A perguntaera: "Por favor, diga honestamente, qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo."O resultado foi desastroso. Foi um total fracasso. Os europeus do norte não entenderam o que era "escassez". Os africanos não sabiam o que era "alimentos". Os espanhóis não sabiam o significado de "por favor". Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo". Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião". E o parlamento português ainda está a debater o que significa "diga honestamente". "
Verdade.... É ou não é ? Digam lá honestamente !
Saturday, September 18, 2004
Depois da habitual vistoria de mail's que neste momento tenho às centenas para ler, leio um que a Sófia me enviou sobre a amizade. Todo o texto que circulava pelo mail era digno de se ler, no entanto, e como em tudo, há sempre uma parcela que se destaca entre o resto. Aquela parte que nos desperta imediatamente a atenção, e que, se guarda como a mais importante.
" O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico. O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e... Do que já não é... "
E aqui está.. O problema é que hoje já ninguém tem a capacidade de olhar para outra pessoa sem lhe apontar os defeitos da vida passada, as suas imperfeições enquanto ser humano, e tudo o que de errado poderá ter ( ou não ! ) fisicamente.
Vale mais uma embalagem com estilo e na moda, vazia e podre, do que uma mais "modesta" mas mais decente e sincera.
Enfim, mais um desabafo da realidade em que vivemos, onde tudo é tão bonito de apregoar e supostamente tomar como objectivo, do que na realidade defender e impôr como premissa. Viva a era do plástico, e das plásticas, onde se corta, recorta e abre, tira e põe para um final plástico maravilhoso, mas sem um mínimo de sensibilidade. Bom senso... onde andas ?!
" Quando me batem à porta, pergunto QUEM É, nunca QUEM FOI ! " esse é o objectivo que tenho em mente, não o quero impôr, mas tenho-o como aquilo em que acredito, e espero acreditar.
Não espero mudanças numa sociedade que à partida já está perdida de uma forma onde dificilmente terá um retorno, e onde os supostos valores que "devemos" e "temos" de defender passam pelo dinheiro, aparências e futilidades. Viva o vazio, viva o ridículo, viva o "indiferente", pois só estes vencem neste fantástico Mundo em que estamos... Só resta saber... até quando vencem.
Saturday, September 11, 2004
Depois de já aqui no blog ter referido três personalidades de distintas áreas que admiro por inúmeros factores, sendo eles Monica Bellucci, Aristides Sousa Mendes e Catherine Hamlin, comecei em pensar em eleger a personalidade do ano. Aquela figura que na opinião das diversas pessoas, foi a que mais se destacou no último ano, quer seja por factores negativos, quer sejam eles positivos.
Sejam pessoas de que áreas forem, nacionalidades ou idades, mais ou menos conhecidas, gostava que participassem na personalidade do ano 2004, e para tal gostava que me enviassem as vossas propostas, devidamente justificadas, sejam essas justificações os grandes testamentos tal como eu gosto de ler, ou apenas um pequeno comentário sobre os motivos da pessoa que seleccionaram para paulojsperalta@yahoo.it
Cá fico à vossa espera :)
Disorder Rating
Paranoid: Low
Schizoid: Low
Schizotypal: Low
Antisocial: Moderate
Borderline: Low
Histrionic: High
Narcissistic: Moderate
Avoidant: Low
Dependent: Moderate
Obsessive-Compulsive: Moderate
URL of the test: http://www.4degreez.com/misc/personality_disorder_test.mv
URL for more info: http://www.4degreez.com/misc/disorder_information2.html
Aqui está o resultado da minha personalidade LOL por favor.... COMENTEM !!!!!
Paranoid: Low
Schizoid: Low
Schizotypal: Low
Antisocial: Moderate
Borderline: Low
Histrionic: High
Narcissistic: Moderate
Avoidant: Low
Dependent: Moderate
Obsessive-Compulsive: Moderate
URL of the test: http://www.4degreez.com/misc/personality_disorder_test.mv
URL for more info: http://www.4degreez.com/misc/disorder_information2.html
Aqui está o resultado da minha personalidade LOL por favor.... COMENTEM !!!!!
Wednesday, September 08, 2004
A médica australiana Catherine Hamlin, deslocou-se para a Etiópia no final da décade de 50 do século passado. Nesse país africano dedicou a sua atenção e trabalho de uma vida às jovens etiopes que eram prometidas muito jovens ( entre os 10 e 12 anos de idade ) em casamento, a homens mais velhos. Estes, devido aos costumes das tribos a que pertenciam, desejavam constituir numerosas famílias, iniciando com elas uma vida sexual precoce.
Devido aos seus jovens corpos se encontrarem ainda em formação, o início da sua vida sexual ainda em crianças, provoca além da perda do seus filhos por terem corpos novos de mais para os procriar, uma chaga, chamada fístula, que consiste na ferida da bexiga, vagina e anus. esta ferida faz com que estas jovens percam o total controle sobre as suas fezes e urina, provocando que sejam ostracizadas e marginalizadas pelo seu marido, levando até ao seu abandono, bem como por parte da família e sociedade de uma forma geral. Não tendo meios para subsistir, muitos dedicam-se depois à mendicidade.
Catherine Hamlin bem como o seu marido, dedicaram-se à contrução do Fistula Hospital, onde têm vindo a desenvolver várias técnicas para restituir a essas mesmas jovens a sua dignidade, tendo em conta que isto lhes acontece antes dos 20 anos de idade, e permitindo assim uma vida digna para o seu futuro.
Dentro de uma área que vou passar a dedicar o meu blog, e na qual já destquei a presença de Monica Bellucci e Aristides Sousa Mendes, espero que, tenham curiosidade em saber mais sobre o notável trabalho de Catherine Hamlin, trabalho que a levou a ser indicada ao Prémio Nobel da Paz de 1999.
Tuesday, September 07, 2004
Hoje lembrei-me de duas situações distintas, mas que estão unidas entre si. Unidas pela dor, pela perda, e pelo sentimento de revolta que é impossível disfarçar. Não é uma revolta de raiva. Pode ser, e é, uma revolta por mudança. Uma revolta que pede uma justiça imparcial e que castigue quem quebra a ordem e a estabilidade. Uma justiça que consiga ser portadora de algo que hoje não temos; a Segurança. Segurança esta que se baseia naquilo que perdemos. O simples facto de fazermos a nossa vida diária, onde podemos entrar num estabelecimento, autocarro, escola ou centro comercial sem imaginar ou pensar e supôr que ele possa vir a explodir às mãos de magalómanos marcenários sem escrupúlos e sem moral ou ética.
Na década de 40 do século passado, o exemplo de Ser Humano que retrato num post anterior debateu-se por um lado com as ordens que tinha, e pelo outro com as ordens que lhe ditava algo superior: a sua Moral. Felizmente e pelo bem da Humanidade, Aristides Sousa Mendes optou por obedecer às ordens que lhe ditavam a sua Moral e salvar milhares e milhares de pessoas das torturas e atrocidades do Holocausto Nazi.
Passados praticamente 60 anos, o Mundo está exactamente na mesma. Não com um grande conflito a nível mundial, mas com pequenos focos que podem explodir em conflitos de escala regionais, ou então em conflitos que privam os meros cidadãos como eu e muitos de vocês que lêem este blog de dois dos mais fundamentais direitos de qualquer cidadão, ou seja, a Liberdade e a Segurança. Podemos verificar isso isso com os atentados terroristas de Nova York e Washington em 2001, Madrid no início de 2004, e agora mais recentemente neste preciso mês de Setembro na Ossétia, uma região da Rússia, onde, os maníacos do momento resolveram entrar numa escola e tomar cidadãos como reféns. Claro está que com maníacos o número de "baixas" ( que lindo nome para se dar a uma VIDA HUMANA ) era à partida, de esperar que fosse grande.
Sem dúvida pergunto, será que existem Grandes Esperanças para este Mundo Louco ? Ou estamos apenas cá para assistir à próxima barbaridade que, pelo passar das inúmeras já sucedidas se espera igualmente terrível ou ainda mais ( se é que isso pode existir ) ?
O meu pesar vai para aqueles que sobrevivem à tragédia, e ficam neste Mundo a pensar na mais absurda das questões.... " Porquê ? "
Cada vez mais vivemos num mundo ridículo... Gostava que me explicassem como é que invadir uma escola e matar crianças, e simples civis que fazem a sua vida diária tão normalmente, é uma "boa" forma de reinvindicar independências baseadas em fundamentalismos ridículos !! Expliquem-me, mas expliquem-me como se eu tivesse 5 anos... A idade de muitos daqueles que morreram nesta última parvoíce da ignorante mente humana sedenta apenas e só de mortes e de conflitos.
Numa era em que imperava o obscurantismo, um Homem teve a coragem de dizer Não e desafiar uma ordem. Graças a ele, milhares foram as pessoas que sobreviveram aos horrores do Holocausto Nazi. Tive o imenso prazer de conhecer cedo a sua "obra" e a ele devo o meu interesse pela carreira que escolhi, tornando o meu futuro trabalho num pequeno tributo à sua GRANDE memória.
Foi por desafiar e rumar contra a maré que hoje o seu nome é conhecido. Foi por ter uma alma GRANDE que lhe devemos tanto.... Aristides Sousa Mendes.
Monday, September 06, 2004
Saturday, September 04, 2004
Finalmente já o tenho. Um dos muito BONS filmes que vi até hoje. Não me desiludiu em nada. Apenas maravilhou. Hoje estive lá, e já tenho a minha cópia. A quem não o viu, recomendo. A quem já teve esse prazer cinematográfico.... REVEJA. Tudo neste filme está de facto excelente, mas o desempenho de Caviezel, encontra-se nos melhores que vi, juntamente com a fabulosa banda sonora... Enfim, tudo de facto no filme está bom. E que tal umas largas nomeações aos Oscars ? E revertidas claro em prémios !!! Ou vamos deixar este filme " de fora " apenas porque foi "polémico " ?
Thursday, September 02, 2004
Depois do Carlinhos Spaghetti me ter enviado uma música cantada pelo Carlos do Carmo, lembrei-me de um pensamento que este havia dito numa entrevista na tv:
" Como é bom ser pequenino, ter pai, mãe e avós... Alguém que goste de nós "
Sim, é de facto muito bom saber que temos alguém que goste de nós... Pelo menos nessa altura, na idade da infância tudo é tão simples... Tudo á azul.... Nada que nos preocupe ou que nos aborreça...
Wednesday, September 01, 2004
A hipócrisia e o falso moralismo estendem-se pelo nosso país a olhos vistos. Nos últimos anos, tem sido impressionante a quantidade de disparates que correm pelas bocas das pessoazinhas. Desde " tipas " que estão no governo e que dizem que " o catolicismo é a religião oficial de Portugal " até aos " tipos " que também estão no governo ( torna-se vicioso isto ) que afirmam ter sido " a Nossa Sra. de Fátima a desviar o crude do Prestige de Portugal ", sim o que é uma proeza não nos poluir a nós e ir poluir França ( o meu coração relaxa ), as bestialidades ( leia-se de besta e não de bestial como sendo fantástico ) surgem a ritmos alucinantes.
A mais recente é a sempre presente polémica do aborto, ou interrupção voluntária da gravidez, onde estamos ainda numa Nação ( ? ) que prefere julgar e punir os seus por medidas que, até o próprio Parlamento Europeu já recomendou tornarem-se legais. " Sim.... " - gritam eles - " queimem-nas, porque elas mataram o Zézinho ".... ora.... POUPEM-ME.... Vamos lá a ser honestos... Qual é a mulher neste santo Mundo, que vai abortar sem ter um devido e válido motivo ? Será que há algum atrasado que julga que uma mulher vai engravidar para ter o " prazer " ( ? ) de ir abortar ? Ou será que quem o faz, é apenas por ser o último recurso, e o único que tem disponível, mesmo correndo o risco de ser julgada e punida pela sociedade ? Aliás... sociedade não, antes pelos governantes de extrema-direita que além de manterem um governo de um país refém, conseguem ao mesmo tempo manter toda uma população bem como os seus direitos reféns de interesses falsos moralistas que só faziam sentido ( e será que faziam ? ) no tempo da " outra senhora " ?
A questão fundamental aqui, é a meu ver, o direito à escolha. É isso que eu comento sempre nas muito produtivas " conversas de café " que tenho. É esse um dos direitos fundamentais que, neste momento, está em falta para com aquelas que se debatem com este enorme problema. Uma interrupção de gravidez. Um aborto.
É o direito à escolha que deve ser facultado às pessoas. O direito de poderem optar por uma decisão, por um momento que, na sua vida é extremamente importante e decisivo.
Claro que além deste direito à escolha, seria deveras útil se o nosso governo e quem nele está a liderar, implementasse medidas de aconselhamento e planeamento familiar que pudessem de certa forma evitar que existissem um elevado números de interrupções de gravidez. No entanto, é sempre, SEMPRE, importante poder usufruir de um direito de escolha. É esse, segundo me parece, aquele factor que nos diferencia dos animais irracionais... E passando o exemplo religioso... não foi o livre arbítrio um dos " dons " que Deus nos deu para podermos decidir entre dois caminhos distintos ? Então como é que alguém nos pode retirar o livre arbítrio ? Não é isso uma medida contra uma vontade de Deus ?
Tendo na minha família um conjunto de mulheres que passaram por estes enormes " duelos ", e apesar d enão ter presenciado nunca os efeitos menos agradáveis a que infelizmente estiveram sujeitas, sei pelo que me contaram que sofreram, e sofreram bastante tanto com a dor psicológica que tiveram por ter tomado esta atitude, bem como a dor física provocado pelo péssimo acompanhamento que tiveram por parte de quem as tratou. Tive uma avó que teve toda uma vida de problemas de saúde, por ter sido constantemente negligenciada, e ter passado anos e anos fechada em casa devido aos problemas de saúde que NUNCA a largaram durante todo o resto da sua vida. Guardo na minha memória as suas lágrimas, os seus desabafos e as suas histórias que em muito marcaram a posição e a opinião que tenho hoje. Não só neste assunto como em muitos outros, e espero que a mentalidade deste povo, que ainda digo meu, mude rapidamente, não para todos concordarem com um mesmo caminho, mas pelo menos para que exista a hipótese de puderem optar por dois ou mais.
Escusado será dizer que apoio a iniciativa da organização Women on Waves, mais que não seja pelo despertar mediático que trazem ao nosso país, sobre este assunto que em pleno século XXI é ainda um assunto fechado. Um assunto tabu que muitos querem ver pelas costas. Pela coragem de enfrentarem a adversidade, tiro-lhes o meu " chapéu ".
Eu assinei:
Dear Paulo Peralta,
This email message is sent to you from PetitionOnline.com to confirm your signature as "Paulo Peralta" on the online petition: "Protesto contra a proibição da entrada em Portugal do barco
da Women on Waves"hosted on the web by our free online petition service, at:
http://www.PetitionOnline.com/19592c11/
Your signature on the petition is already complete, and there is no needto reply to this message. Your signature number for this petition is 1056.
Monday, August 30, 2004
Apenas mais uma curiosidade quanto à Grécia, e ao que diz respeito aos supostos "pequenos países"... É curioso reparar como com boa vontade e empenho das pessoas se realizam grandes eventos... Pena é que sejam sempre enormemente criticados até estarem bem sucedidos no FINAL !!!
Será que há sempre uma vã necessidade de criticar e rebaixar o bom trabalho dos outros ?
Sunday, August 29, 2004
E lá chegam ao fim os Jogos Olímpicos de Atenas 2004. A primeira vez em 108 anos que os Olímpicos voltam à sua terra natal. Depois dos habituais medos que rodeiam os grandes eventos e acontecimentos mundiais, tudo correu bem nestes Olímpicos, e o medo do terrorismo nunca foi focado.
A nossa melhor prestação em Olímpicos, tendo conseguido 3 medalhas para os atletas Sérgio Paulinho, Francis Obikwelu e Rui Silva, e 10 diplomas de mérito, fizeram ao que parece elevar o espírito português mais um pouco.
Adeus Atenas 2004, Olá Pequim 2008
Adeus ? Ainda não.... tenham calma... A festa, espero, ainda não terminou !!! Iniciam-se brevemente os Jogos Paralímpicos em Atenas. Aqueles em que os atletas além de serem indivíduos com algum tipo de deficiência, e supostamente mais incapazes e com menos "qualidades", são ao mesmo tempo aqueles que mais brilham o espírito português, e que, ao mesmo tempo, passam mais despercebidos e completamente ignorados pelo nosso olhar. Tendo em conta que na última edição no ano 2000 em Sydney fomos dos países mais medalhados, à frente de muitas das grandes nações mundiais, seria se calhar de prestar mais atenção à prestação destes nossos compatriotas que habitualmente brindam o nosso país com glória. Pena é que seja glória esquecida ou ignorada.
Pena é também que estes atletas tenham de pôr anúncios na imprensa a pedir dinheiro para poderem viajar e brincar-nos com os seus feitos, e em pouco ou nada serem apoiados por Portugal, que por acaso, só por acaso, é o país que representam e o que vê a sua bandeira subir no mastro e ouve tocar o seu hino vezes a fim. Pena é que alguns dos cidadãos deste país só o sejam depois de serem reconhecidos pelos outros e no estrangeiro.
Força à delegação portuguesa nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, e que tragam muitas medalhas, acima de tudo para a SUA glória e consagração.
Thursday, August 26, 2004
Wednesday, August 25, 2004
Vamos lá a ver se é desta que vou ser finalmente criticado...
A palavra eutanasia vem do grego, Eu = Boa e Tanathos = morte, então: Eutanasia = "Boa morte". Não confundir isto portanto, com significados mais duvidosos a que esta palavra foi associada, tais como as supostas eutanásias perpetradas durante o período conturbado a que a Europa assitiu durante a década de 40, ou com a ridícula intenção de muitos de associar a eutanásia àqueles que por qualquer motivo querem cometer suicídio e se aproveitam para reclamar o direito à eutanásia.
Do que venho aqui falar, é apenas e só, o direito a que um cidadão tem de reclamar para si a " boa morte " assistida, acompanhada e digna.
A questão aqui que minimamente preocupa é apenas uma. Qual o motivo que leva a grande maioria das classes dirigentes, e aquelas que podem de facto determinar a legalidade da eutanásia, estarem rigorasamente contra a legalização deste acto ? Não falamos nós na dignidade de um ser humano ? Alguém que quer ter tanta dignidade na morte como aquela que lhe foi conferida enquanto vivo ? E esse direito, o da dignidade, é extremamente importante, pois confere respeito próprio e exige-o aos demais para com a pessoa. E não é isso que todos nós em vida desejamos ? Obviamente que é !
Com que cara pode alguém olhar para um doente terminal, sem hipótese de recuperação, de lhe dizer " não o vou ajudar a morrer " ? Sim, porque não nos iludamos, ajudar a morrer, não matar, é tão importante como ajudar alguém a viver. Ou será que é também indiferente ajudar um indivíduo a viver ? Ajudar a trazer ao mundo, a ensinar os primeiros passos... As primeiras palavras... O primeiro dia de escola... A universidade... O primeiro emprego.... O Casamento... O primeiro filho... A reforma.... E a morte.... Não serão todas estas etapas da vida humana, e mais ainda pelo meio, todas de igual importância ? Não será direito ter assitência em todas elas ? Claro que é. Porque se a primeira é difícil, esse grau de dificuldade apenas aumenta com o passar do tempo, e para quem se sente fraca, debilitado e sem apoio, esse auxílio ou assistência são sempre um bem, um conforto...
Ou será preferível ter uma pessoa numa cama de hospital, a morrer aos poucos, a assistir à sua própria degradação física e psicológica até tudo parar ? E mesmo parando o cérebro, será ainda de manter um indivíduo vivo apenas com o coração a bater ? Sabendo à partida que nunca mais nada irá recuperar essa mesma pessoa ? Pois para mim não !
Já assisti, das poucas e raras vezes que, felizmente, entro num hospital, a algumas pessoas nessas condições degradantes, apenas e só por um grupo de médicos não concorda com a morte assistida. Com o ajudar a uma outra passagem de forma digna. Pessoas a quem já nem os seus familiares mais directos visitavam no hospital porque ou já não se interessavam, não suportavam ou simplesmente percebiam que aquele ser que ali estava já não era aquele que durante anos sem fim tinham visto como uma pessoa VIVA.
Defendi e defendo a legalização da eutanásia, como forma de ajudar um cidadão que morre de forma indigna e dolorosa a poder atenuar o seu sofrimento, bem como o sofrimento daqueles que o rodeiam. De mais forma alguma. Nunca como uma forma de suicídio. Apenas como uma forma atenuante para aqueles que sofrem sem hipótese de recuperação.
Defendo a sua legalização porque é aquilo que para mim desejo, caso me veja numa situação sem retorno e sem recuperação. A morte assistida. E aplaudo aqueles que tiveram coragem de a tornar uma medida legal, como por exemplo a Holanda, tendo pena que o meu país não me reconheça tal direito, se no dia de amanhã me acontecer algo que me incapacite, e que além de provocar o meu próprio sofrimento, o provoque também àqueles que me rodeiam.
Um abraço de força e coragem àqueles que infelizmente se têm de debater com estes problemas e situações.
Sunday, August 22, 2004
O sonho não é impossível. O sonho são os nossos desejos mais secretos. O sonho é o que nós desejamos, o que nós ansiamos, o que nós queremos e não confessamos.
É impossível deixar de sonhar, se a construção do nosso futuro depende daquilo que sonhamos.
O que seria se Da Vinci fosse impedido de sonhar ? Ou a Mandela ? Ou a tantos outros como eles que lutaram por um sonho ?
Será tão impossível deixar alguém sonhar ? Ou será que quem tenta impedir, mais não faz que tentar travar o outro de obter e alcançar, algo que sempre quis e nunca teve coragem de o reclamar ?
O problema maior será sonhar e desejar algo de novo, diferente e possivelmente melhor, ou será que o pior é não desejar nada e viver como mais um " amorfo " numa sociedade que já nos tráz tão pouco de novo e de refrescante que nos dê alento durante mais um dia ? O problema é não sonhar, não desejar, não querer, não ambicionar, não exigir, não revoltar... O problema, é quem vive num permanente não, e que com ele se conforma e encosta sem desejar, sem reclamar pela mudança, sem gritar pelo que se quer.
O problema é " morrer " antes do tempo, apenas como forma de não se deixar incomodar pelo que de novo se passa à volta.
Saturday, August 21, 2004
O que é que um indivíduo pode responder quando alguém lhe diz " Sê a minha voz " ? Além do facto de ficar estupefacto com um pedido destes, a reacção inicial seria não saber dizer não. Não que fosse esse o objectivo pretendido, mas, seria impossível, de facto, dizê-lo. O que leva alguém a pedi-lo ? O sentir-se preso ? O sentir-se sem representação ? O sentir-se amordaçado ? O que levou de facto essa pessoa a sentir a necessidade de o pedir a outra pessoa ? Que capacidades terá a outra pessoa que a tornem a " escolhida " para desempenhar o papel de representante de alguém ? Haverá a capacidade de o fazer e de o fazer correctamente ? É que de facto é complicado como é que alguém pode assumir a responsabilidade de ser o representante de qualquer outra pessoa, ao ponto de ser a sua " voz ". Posso dizer que a mim já mo pediram. Garanto e confesso que me senti sem dúvida aparvalhado, não há palavra melhor, e que ainda hoje não sei se desempenho bem esse cargo, mas faço o meu melhor, e faço por me aperfeiçoar.
Esta pequena apresentação, apenas como forma de vos dar um pouco mais de explicação sobre o motivo que me levou a criar um blog, como me foi perguntado pelo Carlo. Pediram-me para ser uma " voz ". A voz de alguém que não pode falar. A voz de alguém que foi proibída de o fazer. A voz de alguém que está impossibilitado de o fazer. Ou ser simplesmente uma voz. Uma voz independente, uma voz livre e sem necessidade de responder a alguém como forma de se justificar. Ser apenas e só uma VOZ. Comprometi-me com isso, e espero cumpri-lo sempre e em todos os lugares. Tento ser imparcial, dando apenas a minha opinião sobre um assunto, e não a opinião que se espera ouvir. Simplesmente a minha. Não espero concordâncias, não espero simpatias onde elas não são sentidas. Espero sim aquilo que se pensa e aquilo que se sente. Espero a honestidade. A sinceridade. A frontalidade. Espero aquilo que nos habituam aos poucos a não ter. Espero aquilo que muitos já perderam. Espero aquilo que vos vai pela alma. Espero tudo o que seja dito de dentro; tanto do coração como do cérebro. Espero a racionalidade tanto como a irracionalidade, mas espero acima de tudo que seja sincera. Tanto uma, como a outra. Não que seja programada.
Agradeço a TODOS as palavras que me têm dirigido, as mais positivas e as mais negativas. As mais livres e as mais tímidas. Aquelas que não dizem, mas especialmente aquelas palavras que dizem, e dessas as que dizem sem pensar. As que dizem espontâneamente.
A todos, simplesmente agradeço.
Thursday, August 19, 2004
Há precisamente um ano atrás eu escrevia este texto pela ocasião do brutal assassinato do diplomata Sérgio Vieira de Melo no Iraque, aquando da sua missão a cargo das Nações Unidas neste país. Um ano passado e vivendo num Mundo onde tudo se transforma para pior creio que o texto continua actual. E fica também aqui presente, a homenagem a este grande diplomata que perdeu a sua vida por acreditar e lutar na defesa e no respeito pelos Direitos Humanos.
19 de Agosto de 2003
Ao longo do nosso desenvolvimento como indivíduos, muitos são os exemplos que queremos seguir, seja a nível pessoal, como a nível profissional. Admiramos o que fazem, como fazem e quando o fazem, e esperamos que um dia seja esse também o nosso próprio modo de actuar ou de aplicar essa forma de encarar o Mundo à nossa própria, para também nós um dia deixarmos a nossa própria marca pessoal na área em que actuamos.
Entre outros, para mim Sérgio Vieira de Melo foi um desses exemplos. Tanto a nível pessoal, área que sempre soube manter afastada dos ecrãs, como especialmente a nível profissional, área que teve o privilégio de o ter como membro.
Ser capaz de estar colocado nas mais diversas áreas do Mundo sempre em situações críticas, e em que se vive permanentemente num estado de ansiedade, e mesmo assim manter uma postura profissional invejável é de facto um feito notável.
Não posso dizer que desde sempre acompanho o caminho deste diplomata, pois a primeira vez que tomei o seu conhecimento foi através do excelente trabalho a mando das Nações Unidas nos territórios da Ex-Jugoslávia, seguindo depois para um caso que ficou mais na memória colectiva portuguesa, como foi o caso de Timor, onde alcançou um magnífico desempenho como gestor de transição do território das mãos das Nações Unidas, para a independência daquele território.
Agora como Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e responsável desta organização para o Iraque, chegou infelizmente a sua vida a um fim. Mais uma vez fica o Mundo, e todo o trabalho e empenho de um indivíduo que lutou pela liberdade e igualdade dos povos abalados pela barbárie daqueles que no reverso se empenham em ter e em viver ódio por aqueles que querem essa mesma liberdade.
Para vocês que lêem este texto, não sei se isto se baseou apenas em mais uma notícia sem importância, mais uma daquelas que enche um noticiário, já tão cheio de barbáries, que esta foi “apenas” mais uma a passar na televisão, numa sociedade onde já se passa tanto e de tão pouca qualidade que nem merece a nossa atenção reter mais uma notícia. Mas realmente para mim este é aquele tipo de informação que me perturba profundamente.
Perturba-me em primeiro lugar por ainda ser uma área, na qual eu acredito já se ter feito muito e ainda se poder fazer muito mais. A área dos Direitos Humanos, Minorias e Refugiados, que a si está implícita, é uma área que nunca poderá fechar, infelizmente, portas. É uma área em que todos nós temos de estar de olhos abertos e saber apontar o dedo por cada vez que vemos ( e vemos ) que esses mesmo Direitos de um indivíduo, comunidade, região ou país são ou estão a ser violados. Incomoda-me por ver que aqueles que estão encarregues de promover os interesses e Direitos daqueles que são perseguidos ou incomodados na sua livre expressão, têm sempre o seu caminho barrado por alguém. E esse alguém nunca usa as mesmas tácticas leais e legais de discordar daquilo que se faz. Em vez de dialogar, discute-se. Em vez de confrontar ideias, mata-se.
Isto sim, a mim incomoda-me, perturba-me e deixa o meu Mundo abalado. Espero sinceramente que deixe também o vosso, porque se for eu o único a pensar que isto é perturbante, então sim, ponho realmente em causa se vale a pena continuar a pensar que eu talvez não possa contribuir de alguma forma para o respeito daqueles que, sob os regimes totalitários e ditatoriais, não são respeitados, e são deslocados e desprovidos do respeito pelos seus direitos, sejam eles cristãos, islâmicos ou hebraicos. Europeus, Africanos ou Americanos.
Por isto, que a memória de Sérgio Vieira de Melo, e outros como ele, diplomatas ou não, viva de alguma forma nas memórias de vocês que lêem isto, e que como eu, ainda acreditam que é possível poder lutar pela defesa e respeito dos Direitos Humanos. Lutar pela Paz. Pelo pouco que valha o meu pedido, peço-vos que acreditem nisso, em memória dos que levantam a voz em defesa de outros, sem olhar para a cor da pele, para uma opção política, religiosa ou sexual, mas que olham sim para indivíduos.
É esse o legado e o contributo que Sérgio Vieira de Melo me deixou. Agradeço a todos a atenção para este meu desabafo.
19 de Agosto de 2003
Ao longo do nosso desenvolvimento como indivíduos, muitos são os exemplos que queremos seguir, seja a nível pessoal, como a nível profissional. Admiramos o que fazem, como fazem e quando o fazem, e esperamos que um dia seja esse também o nosso próprio modo de actuar ou de aplicar essa forma de encarar o Mundo à nossa própria, para também nós um dia deixarmos a nossa própria marca pessoal na área em que actuamos.
Entre outros, para mim Sérgio Vieira de Melo foi um desses exemplos. Tanto a nível pessoal, área que sempre soube manter afastada dos ecrãs, como especialmente a nível profissional, área que teve o privilégio de o ter como membro.
Ser capaz de estar colocado nas mais diversas áreas do Mundo sempre em situações críticas, e em que se vive permanentemente num estado de ansiedade, e mesmo assim manter uma postura profissional invejável é de facto um feito notável.
Não posso dizer que desde sempre acompanho o caminho deste diplomata, pois a primeira vez que tomei o seu conhecimento foi através do excelente trabalho a mando das Nações Unidas nos territórios da Ex-Jugoslávia, seguindo depois para um caso que ficou mais na memória colectiva portuguesa, como foi o caso de Timor, onde alcançou um magnífico desempenho como gestor de transição do território das mãos das Nações Unidas, para a independência daquele território.
Agora como Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e responsável desta organização para o Iraque, chegou infelizmente a sua vida a um fim. Mais uma vez fica o Mundo, e todo o trabalho e empenho de um indivíduo que lutou pela liberdade e igualdade dos povos abalados pela barbárie daqueles que no reverso se empenham em ter e em viver ódio por aqueles que querem essa mesma liberdade.
Para vocês que lêem este texto, não sei se isto se baseou apenas em mais uma notícia sem importância, mais uma daquelas que enche um noticiário, já tão cheio de barbáries, que esta foi “apenas” mais uma a passar na televisão, numa sociedade onde já se passa tanto e de tão pouca qualidade que nem merece a nossa atenção reter mais uma notícia. Mas realmente para mim este é aquele tipo de informação que me perturba profundamente.
Perturba-me em primeiro lugar por ainda ser uma área, na qual eu acredito já se ter feito muito e ainda se poder fazer muito mais. A área dos Direitos Humanos, Minorias e Refugiados, que a si está implícita, é uma área que nunca poderá fechar, infelizmente, portas. É uma área em que todos nós temos de estar de olhos abertos e saber apontar o dedo por cada vez que vemos ( e vemos ) que esses mesmo Direitos de um indivíduo, comunidade, região ou país são ou estão a ser violados. Incomoda-me por ver que aqueles que estão encarregues de promover os interesses e Direitos daqueles que são perseguidos ou incomodados na sua livre expressão, têm sempre o seu caminho barrado por alguém. E esse alguém nunca usa as mesmas tácticas leais e legais de discordar daquilo que se faz. Em vez de dialogar, discute-se. Em vez de confrontar ideias, mata-se.
Isto sim, a mim incomoda-me, perturba-me e deixa o meu Mundo abalado. Espero sinceramente que deixe também o vosso, porque se for eu o único a pensar que isto é perturbante, então sim, ponho realmente em causa se vale a pena continuar a pensar que eu talvez não possa contribuir de alguma forma para o respeito daqueles que, sob os regimes totalitários e ditatoriais, não são respeitados, e são deslocados e desprovidos do respeito pelos seus direitos, sejam eles cristãos, islâmicos ou hebraicos. Europeus, Africanos ou Americanos.
Por isto, que a memória de Sérgio Vieira de Melo, e outros como ele, diplomatas ou não, viva de alguma forma nas memórias de vocês que lêem isto, e que como eu, ainda acreditam que é possível poder lutar pela defesa e respeito dos Direitos Humanos. Lutar pela Paz. Pelo pouco que valha o meu pedido, peço-vos que acreditem nisso, em memória dos que levantam a voz em defesa de outros, sem olhar para a cor da pele, para uma opção política, religiosa ou sexual, mas que olham sim para indivíduos.
É esse o legado e o contributo que Sérgio Vieira de Melo me deixou. Agradeço a todos a atenção para este meu desabafo.
Tuesday, August 17, 2004
Imagine
Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...
Imagine there's no countries,
It isn’t hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...
Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of man,
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I’m a dreamer,
but I’m not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.
Hoje através de mais uma pesquisa na net, encontrei a letra desta fantástica música do Sr. John Lennon. De facto tem uma letra fantástica e com muita verdade e sentido. Para quem já a ouviu então, conhece a sua verdadeira dimensão, que é de facto imensa. Quem viu o filme Terra Sangrenta de Roland Joffé, percebe perfeitamente o que grandiosa pode ser. E de facto, todo o ideal para que esta música nos transporta, ou pelo menos a mim, é enorme, tendo o seu único “problema” ser o ideal apenas para IMAGINE, visto que é bem mais importante manter um mundo onde “devemos” olha para o individuo do lado como uma ameaça para nós, e não como um outro ser humano. Manter a ilusão de ameaça é de facto, e infelizmente aquilo que as pessoas na verdade preferem manter e alimentar. Felizmente por outro lado, pessoas vão aparecendo que lá têm uma noção mais abrangente do Mundo e da sociedade que os rodeia. Caso com que me deparei momentos depois.
Depois de ter lido um comentário que tinham feito no meu blog, passei pelo site da UNHCR – ACNUR onde reparei na quantidade de notícias e documentos das actividades que aqueles que foram priviligiados com a atribuição do passaporte azul das Nações Unidas, tornando-se assim embaixadores da Boa Vontade. Um desses casos é o da embaixadora Anjelina Jolie que se desdobra em inúmeras campanhas de sensibilização para alertar os diversos governos mundiais para a condição em que obrigam muitos dos seus cidadãos a viver. Vejo através destes relatos que afinal existe quem se preocupa, e sabe da existência de locais tão distantes como o Cambodja ou Rwanda, e outros relativamente mais perto de nós portugueses como o caso do Kosovo. Locais que “pessoas” como o Presidente W. Bush, e provavelmente muitos como ele incluindo os grandes senhores da guerra, desconhecem que existem no mapa.
Finalmente seria de pedir aos meios de comunicação social que nos servem, nomeadamente os canais de televisão, para que em vez de passarem documentários e notícias rasca sobre a mais recente celebridade ( ou não ) do jet-set e as suas plásticas rejuvenescentes, começassem a emitir notícias a respeito destes acontecimentos que são muitos mais informativos sobre a realidade, do que as plásticas de mais uma pseudo-cidadã. Eu sei que para a “populaça” em geral é muito mais entusiasmante saber destas pessoas, das suas festas e das suas orgias em compras, mas peço que pensem nos outros “animaizinhos” nos quais eu me insiro e que têm outros gostos e preferências em termos informativos, afinal também somos pessoas.
Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...
Imagine there's no countries,
It isn’t hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...
Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of man,
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I’m a dreamer,
but I’m not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.
Hoje através de mais uma pesquisa na net, encontrei a letra desta fantástica música do Sr. John Lennon. De facto tem uma letra fantástica e com muita verdade e sentido. Para quem já a ouviu então, conhece a sua verdadeira dimensão, que é de facto imensa. Quem viu o filme Terra Sangrenta de Roland Joffé, percebe perfeitamente o que grandiosa pode ser. E de facto, todo o ideal para que esta música nos transporta, ou pelo menos a mim, é enorme, tendo o seu único “problema” ser o ideal apenas para IMAGINE, visto que é bem mais importante manter um mundo onde “devemos” olha para o individuo do lado como uma ameaça para nós, e não como um outro ser humano. Manter a ilusão de ameaça é de facto, e infelizmente aquilo que as pessoas na verdade preferem manter e alimentar. Felizmente por outro lado, pessoas vão aparecendo que lá têm uma noção mais abrangente do Mundo e da sociedade que os rodeia. Caso com que me deparei momentos depois.
Depois de ter lido um comentário que tinham feito no meu blog, passei pelo site da UNHCR – ACNUR onde reparei na quantidade de notícias e documentos das actividades que aqueles que foram priviligiados com a atribuição do passaporte azul das Nações Unidas, tornando-se assim embaixadores da Boa Vontade. Um desses casos é o da embaixadora Anjelina Jolie que se desdobra em inúmeras campanhas de sensibilização para alertar os diversos governos mundiais para a condição em que obrigam muitos dos seus cidadãos a viver. Vejo através destes relatos que afinal existe quem se preocupa, e sabe da existência de locais tão distantes como o Cambodja ou Rwanda, e outros relativamente mais perto de nós portugueses como o caso do Kosovo. Locais que “pessoas” como o Presidente W. Bush, e provavelmente muitos como ele incluindo os grandes senhores da guerra, desconhecem que existem no mapa.
Finalmente seria de pedir aos meios de comunicação social que nos servem, nomeadamente os canais de televisão, para que em vez de passarem documentários e notícias rasca sobre a mais recente celebridade ( ou não ) do jet-set e as suas plásticas rejuvenescentes, começassem a emitir notícias a respeito destes acontecimentos que são muitos mais informativos sobre a realidade, do que as plásticas de mais uma pseudo-cidadã. Eu sei que para a “populaça” em geral é muito mais entusiasmante saber destas pessoas, das suas festas e das suas orgias em compras, mas peço que pensem nos outros “animaizinhos” nos quais eu me insiro e que têm outros gostos e preferências em termos informativos, afinal também somos pessoas.
Monday, August 16, 2004
E lá está... a mais recente crítica humana... " Paulo, tens um riso muito pouco próprio " ora... pergunto eu, o que é um riso pouco próprio ? A resposta não deixou de ser surpreendente se tiver em conta que um riso pouco próprio é pela própria definição da sua autora como sendo " um riso pouco diplomático e muito alto ". Presumo eu que isto se refira como uma gargalhada, mas como sou algo suspeito para falar sobre mim próprio deixarei a crítica para quem a faz. No entanto, porque não responder a ela ? É que lamento, mas se não responder, algo em mim vai massacrar-me durante a noite, e depois durmo mal. Se durmo mal, amanhã acordo com o cu virado para a lua como se costuma dizer, e se isso acontece passo um dia de mau humor. Passando um dia de mau humor, não darei por certo mais nenhum " riso pouco próprio " e como sabem alguns dos meus leitores.... Longe de mim perder uma oportunidade para chatear e incomodar uma qualquer pessoa ( esta seria a altura em que eu faria uma cara sarcástica se estivesse a olhar para alguém e não para o monitor ) com o dito riso impróprio. Ora vejamos... Rir... Por si só já é uma palavra bonita.. Rir, sorrir, gargalhada... Liberta energias, faz bem ao ânimo, exalta uma emoção, emana felicidade, contagia... Hmmm, eu sei que sou uma pessoa um tanto demente e que por vezes solto uma gargalhada mais estridente, mais sonora, mas qual o motivo de ver nisso uma falha e não uma qualidade ? É que para mim é uma qualidade. Lá estou eu a falar de uma qualidade minha ( ataquem agora mais esta ). Vejamos.. se a dou é porque estou bem disposto, ao estar bem disposto é porque a vida me corre bem, e como tal não tenho problemas. Quem ouve a dita gargalhada e vê a minha expressão demente também obrigatoriamente se ri, suscita inclusivé a curiosidade alheia para saber quais os motivos, despertando assim mais um sentido naqueles que por perto estão. Portanto, a meu ver, só tráz benefícios a todos os que respiram ar do mesmo espaço aéreo que eu. Ora se tráz benefícios a todos, então qual a verdadeira preocupação ? Expliquem-me como se eu fosse uma criança, ou seja, com linguagem simples e perceptível, porque sinceramente não vejo malefícios nenhuns.
Ou será que o verdadeiro, e talvez único, problema aqui seja o de haver alguém com um motivo para dar uma risada ou uma gargalhada, enquanto a maioria, ou pelo menos muitos, não têm um único motivo que seja para o fazer ? Se calhar é mais isso...
Também há aquele ditado que " rir é a música que Deus nos deu ", os mais religiosos podem pegar por aí, ou não, e justificar esta minha capacidade de emitir ruídos. Meus caros, pela parte que me diz respeito, dou liberdade total para as explicações e justificações, mas lembrem-se de me avisar primeiro para saber o que se passa realmente com tanto problema com a forma com que me rio.
Quanto ao facto de não ser diplomático... Mais uma vertente por onde não deviam ter pegado, visto que para diplomata vou eu, e o que tenho a dizer é que se os diplomatas, ou pelo menos alguns dos ditos, dessem mais gargalhadas estridentes se calhar assuntos desta natureza dita diplomática não estariam em tão maus lençóis. Ou será que para ser engraçado é preciso fazer como o Colin Powell e ir à Indonésia cantar o Only You ? É que se fôr... é só dizer... Não canto disto, mas sempre arranho uma tarantella ou um faduncho se estivr inspirado ! Isto é quase, leia-se QUASE, à vontade do freguês...
E com uma gargalhada bem esridente e ruídosa, daquelas que incomoda BASTANTE me despeço, esperando muito do fundo do meu pequeno mas grandioso coração ter incomodado alguns dos meus leiores. Ou não... Caso contrário.... temos pena...
Sunday, August 15, 2004
Pela primeira vez na vida vou confessar que estou a atravessar uma fase difícil na vida... sim, é verdade... Uma época de descoberta do Mundo que me rodeia, e das mentalidades que ele suporta todo o santo dia. Sim, aqui vai... Estou a atravessar o meu período de nojo... Aquele período em que tenho tão pouca paciência para algumas coisas, que só me dá vontade de gritar aos ouvidos de umas quantas pessoas para lhes fazer ver a sua imensa estupidez... O problema é que muito provavelmente nem me iriam ouvir... Aqui está.. Finalmente consegui admiti-lo !
Ao conversar com um grupo de amigos sobre cinema, tive a " ousadia " de referir uns quantos títulos de filmes que até hoje me tinham satisfeito as medidas e o prazer de perder duas horas frente a um ecrã de televisão. Até aqui tudo bem, não fosse eu referir que alguns desses filmes são por exemplo Thelma & Louise, de Ridley Scott ou Malena, de Giuseppe Tornatore.
Até aqui tudo bem, porque, no preciso momento em que falo nestes filmes, ora uns não conheciam, ora outros os classificaram imediatamente como, e passo a citar, " filmes de gaja "... Ora... pergunto eu o que é um filme de gaja ? Resposta imediata: " um filme meloso e que é para pôr as pessoas a chorar ".. Resumindo, um filme para gajo não lhe pode dar qualquer tipo de sentimento, a não ser sentimentos provocados por o explodir de uma granada, e o qual dê para emborcar uma bejeca e comer uns torresmos... Eh pá... Peço desculpa àqueles que gostam de Chuck Norris e histórias de Desaparecido em Combate ( e as suas três mil continuações e sequelas ), mas sinceramente e correndo o risco de ficar mal, eu prefiro perder as minhas duas horas a ver algo que me deixe algum tipo de conteúdo e onde possa refletir sobre algo e deslumbrar-me com os desempenhos de bons actores, e não com o desempenho do último modelo de equipamento militar... Ora agora... já com tantas etiquetas que todo o santo dia temos de nos sujeitar, ou não, a ver neste mundo, agora elas chegam também ao cinema que consumimos... Vamos lá ver, que uma pessoa não goste de um determinado tipo de filme, até aceito, pois não podemos gostar todos do mesmo, agora daí a determinado cinema ser " cinema de gaja ", vai uma pequena GRANDE distância. Não peço que concordem comigo, mas ao menos sigam a máxima do " vive e deixa viver "...
Pessoalmente ignoro.. ou tento... vejo um pouco de tudo, ou quase, e vou retendo aquilo que para mim é de qualidade. Se à vista e à mentalidade dos demais é de "gaja" ou de "gajo"... enfim... isso deixo à crítica elaborada ( na maior parte dos casos não o é ) dos demais...
Com isto tudo me despeço e avisando desde já que vou ver o filme Casamento Debaixo de Chuva, da realizadora Mirna Nair. Mais um filme de gaja....
E que Deus e a Comissão de Inquisição e Censura tenha piedade de mim... Se não tiver... Há por aí tanta madeira, comecem já a atear a fogueira... Já sabem onde me encontar...
Ao conversar com um grupo de amigos sobre cinema, tive a " ousadia " de referir uns quantos títulos de filmes que até hoje me tinham satisfeito as medidas e o prazer de perder duas horas frente a um ecrã de televisão. Até aqui tudo bem, não fosse eu referir que alguns desses filmes são por exemplo Thelma & Louise, de Ridley Scott ou Malena, de Giuseppe Tornatore.
Até aqui tudo bem, porque, no preciso momento em que falo nestes filmes, ora uns não conheciam, ora outros os classificaram imediatamente como, e passo a citar, " filmes de gaja "... Ora... pergunto eu o que é um filme de gaja ? Resposta imediata: " um filme meloso e que é para pôr as pessoas a chorar ".. Resumindo, um filme para gajo não lhe pode dar qualquer tipo de sentimento, a não ser sentimentos provocados por o explodir de uma granada, e o qual dê para emborcar uma bejeca e comer uns torresmos... Eh pá... Peço desculpa àqueles que gostam de Chuck Norris e histórias de Desaparecido em Combate ( e as suas três mil continuações e sequelas ), mas sinceramente e correndo o risco de ficar mal, eu prefiro perder as minhas duas horas a ver algo que me deixe algum tipo de conteúdo e onde possa refletir sobre algo e deslumbrar-me com os desempenhos de bons actores, e não com o desempenho do último modelo de equipamento militar... Ora agora... já com tantas etiquetas que todo o santo dia temos de nos sujeitar, ou não, a ver neste mundo, agora elas chegam também ao cinema que consumimos... Vamos lá ver, que uma pessoa não goste de um determinado tipo de filme, até aceito, pois não podemos gostar todos do mesmo, agora daí a determinado cinema ser " cinema de gaja ", vai uma pequena GRANDE distância. Não peço que concordem comigo, mas ao menos sigam a máxima do " vive e deixa viver "...
Pessoalmente ignoro.. ou tento... vejo um pouco de tudo, ou quase, e vou retendo aquilo que para mim é de qualidade. Se à vista e à mentalidade dos demais é de "gaja" ou de "gajo"... enfim... isso deixo à crítica elaborada ( na maior parte dos casos não o é ) dos demais...
Com isto tudo me despeço e avisando desde já que vou ver o filme Casamento Debaixo de Chuva, da realizadora Mirna Nair. Mais um filme de gaja....
E que Deus e a Comissão de Inquisição e Censura tenha piedade de mim... Se não tiver... Há por aí tanta madeira, comecem já a atear a fogueira... Já sabem onde me encontar...
Saturday, August 14, 2004
Ontem estive a ler um texto da Clara Pinto Correia que, logo à partida me despertou um enorme interesse pelo seu título original... " A Dádiva do Toque ". Realmente o " toque " é uma dádiva importante. Quantas pessoas passam uma vida sem nunca sentirem um carinho de alguém, um beijinho como nos refere o texto, um abraço ou uma carícia de outra pessoa ? Não estou aqui para falar de sexualidade mas sim de afectos... Porque será tão estranho ou incómodo, ou ambos, para tanta gente o poder receber um afecto de outra pessoa ? E porque se sentirão tão incomodadas as pessoas de os receber ? Porque haverá a vergonha do ridículo ? O medo do gozo ? Será por demonstrar mais fragilidade ? Mais exposição face a terceiros ?
Na realidade qual é o verdadeiro problema em se ser tocado ? Em sentir um afecto ? Existe tanto preconceito ( palavra que lamento a quem leia isto, mas dá-me vómitos ) em relação a tanta coisa, agora também tem e haver preconceito em relação aos afectos ? Não posso eu gostar de ver uma amiga ou um amigo meu e cumprimentar a pessoa com um beijo ou um abraço ? O que será que deixa as pessoas tão incomodadas com as demonstrações de afecto, de carinho ou de proximidade e cumplicidade entre dois seres ? Acho que num pequeno texto nunca deixei tantas questões, mas de facto este é um assunto que me perturba ! Enfim.... não direi perturbar, mas de facto suscita-me curiosidade. Nasci e fui educado num meio familiar extremamente forte, onde desde pequeno tive o hábito ( se calhar estúpido ou estranho para muitos que leiam isto ) de cumprimentar os meus familiares com dois beijos quando os encontro e outros dois quando me despeço, e isto serve também para as minhas amizades mais próximas, porque há também uma cumplicidade maior com algumas pessoas fora do seio familiar. Agora pergunto eu, é assim tão fora do normal que tenha este hábito ? E se é, então qual os motivos ? Alguém mos explica ? É que sinceramente dava jeito ! Muito por acaso, porque gosto de ficar a par das novas tendências, mesmo que não as vá adoptar para o meu modo de vida ! A informação nunca ocupa lugar !
Aos que me são próximos dois beijos, aos outros um aperto de mão... sim, até mesmo àqueles que se repugnam com um cumprimento mais pessoal... Afinal de contas também são filhos de Deus.... ou de alguém.... sabe-se lá !
Na realidade qual é o verdadeiro problema em se ser tocado ? Em sentir um afecto ? Existe tanto preconceito ( palavra que lamento a quem leia isto, mas dá-me vómitos ) em relação a tanta coisa, agora também tem e haver preconceito em relação aos afectos ? Não posso eu gostar de ver uma amiga ou um amigo meu e cumprimentar a pessoa com um beijo ou um abraço ? O que será que deixa as pessoas tão incomodadas com as demonstrações de afecto, de carinho ou de proximidade e cumplicidade entre dois seres ? Acho que num pequeno texto nunca deixei tantas questões, mas de facto este é um assunto que me perturba ! Enfim.... não direi perturbar, mas de facto suscita-me curiosidade. Nasci e fui educado num meio familiar extremamente forte, onde desde pequeno tive o hábito ( se calhar estúpido ou estranho para muitos que leiam isto ) de cumprimentar os meus familiares com dois beijos quando os encontro e outros dois quando me despeço, e isto serve também para as minhas amizades mais próximas, porque há também uma cumplicidade maior com algumas pessoas fora do seio familiar. Agora pergunto eu, é assim tão fora do normal que tenha este hábito ? E se é, então qual os motivos ? Alguém mos explica ? É que sinceramente dava jeito ! Muito por acaso, porque gosto de ficar a par das novas tendências, mesmo que não as vá adoptar para o meu modo de vida ! A informação nunca ocupa lugar !
Aos que me são próximos dois beijos, aos outros um aperto de mão... sim, até mesmo àqueles que se repugnam com um cumprimento mais pessoal... Afinal de contas também são filhos de Deus.... ou de alguém.... sabe-se lá !
Friday, August 13, 2004
Iniciam-se hoje os Olímpicos de Atenas. Passados 108 anos desde a última edição das Olímpiadas modernas em Atenas, a capital grega é novamente palco do maior evento desportivo do Mundo. Além dos Jogos Olímpicos serem normalmente um evento de fraternidade e convívio entre os povos, estes são sem dúvida aqueles onde este convívio está mais em evidência. Desde os últimos em Sidney, muito mudou o Mundo... O 11 de Setembro, guerra no Afeganistão, guerra no Iraque, 11 de Março, e isto só destacando aqueles acontecimentos que se tornaram mais mediáticos. Todos os outros acontecimentos nada agradáveis continuam diariamente a suceder um atrás do outro, por isso.... Infelizmente digo, já nem os comento....
O mais curioso disto tudo é que sendo estes Jogos Olímpicos chamados os da "fraternidade entre os povos ", irão estar todos os ditos povos jutos no mesmo recinto... Americanos e Iraquianos... Israelitas judeus e Palestinianos, que julgo pela primeira vez participam nuns Jogos Olímpicos, e pergunto-me porque não se relacionam "bem" como nos Jogos dentro das suas portas ? Não seria preferível mostrar um pouca da "rivalidade" saudável em competição, e de fraternidade dentro dos seus respectivos territórios ?
Tenho pena que a minha voz não se escute para além deste blog, nem para além daqueles que julgo serem já os meus leitores... Não poderia prometer uma resolução e nada, mas poderia e posso... aliás PROMETO, que sim a tentaria fazer ouvir... Isso é um compromisso que assumo desde já, e garanto que a farei ouvir para uma minha tentativa, pequena no entanto, para estimular essa fraternidade... E para que esta palavra e nobre sentimento não seja levado em vão de 4 em 4 anos apenas quando alguém decide que deve ficar bem apenas para uma " fotografia "... Mas ainda BEM que existe esta oportunidade de " fotografia " porque assim além de vermos que é possível a existência e concretização de fraternidade, posso constatar que ela não existe apenas por caprichos e más vontades daqueles que a podem " fornecer ".
Um BOM percurso de 13 a 29 de Agosto de 2004 em Atenas, bom percurso aos melhores, e umas Olimpíadas em PAZ e SEGURANÇA para todos, para que Munique 72 não volte a acontecer, e daqui se possam retirar alguns " ensinamentos " para os próximos quatro anos.
O mais curioso disto tudo é que sendo estes Jogos Olímpicos chamados os da "fraternidade entre os povos ", irão estar todos os ditos povos jutos no mesmo recinto... Americanos e Iraquianos... Israelitas judeus e Palestinianos, que julgo pela primeira vez participam nuns Jogos Olímpicos, e pergunto-me porque não se relacionam "bem" como nos Jogos dentro das suas portas ? Não seria preferível mostrar um pouca da "rivalidade" saudável em competição, e de fraternidade dentro dos seus respectivos territórios ?
Tenho pena que a minha voz não se escute para além deste blog, nem para além daqueles que julgo serem já os meus leitores... Não poderia prometer uma resolução e nada, mas poderia e posso... aliás PROMETO, que sim a tentaria fazer ouvir... Isso é um compromisso que assumo desde já, e garanto que a farei ouvir para uma minha tentativa, pequena no entanto, para estimular essa fraternidade... E para que esta palavra e nobre sentimento não seja levado em vão de 4 em 4 anos apenas quando alguém decide que deve ficar bem apenas para uma " fotografia "... Mas ainda BEM que existe esta oportunidade de " fotografia " porque assim além de vermos que é possível a existência e concretização de fraternidade, posso constatar que ela não existe apenas por caprichos e más vontades daqueles que a podem " fornecer ".
Um BOM percurso de 13 a 29 de Agosto de 2004 em Atenas, bom percurso aos melhores, e umas Olimpíadas em PAZ e SEGURANÇA para todos, para que Munique 72 não volte a acontecer, e daqui se possam retirar alguns " ensinamentos " para os próximos quatro anos.
Wednesday, August 04, 2004
Ao Exmo. Sr. Embaixador do Reino Unido
O meu nome é Paulo Peralta, sou um estudante de 24 anos do curso de Ciência Política, e quero futuramente seguir a carreira diplomática, tal como o senhor.
Apesar do motivo que me leva a escrever-lhe esta carta aberta não ser infelizmente o melhor, desde já lhe envio os meus mais cordiais cumprimentos, e espero muito sinceramente que esta carta lhe chegue às mãos, e que possa dispender de algum do seu tempo para a ler.
Como cidadão Europeu, e que acredita convictamente na possibilidade e na realidade que é o ideal de projecto europeu como uma nação ou território de ideais pela Liberdade e pelo respeito, e sendo eu um cidadão deste território, que abrange muitos milhões de cidadãos desde Portugal à Rússia, composto por uma diversidade linguística, cultural, histórica, religiosa e social, tento manter-me sempre alerta ou minimamente informado a respeito daquilo que por entre estas nossas "paredes" sempre abertas ocorre, bem como aquilo que ocorrendo fora delas nos pode ir também afectando ou influenciando.
Sentindo-me não superior mas sim consciente sobre as tristes e infelizes realidades que a cada dia vão assolando o nosso Mundo e a civilização de uma forma geral, posso assegurar-lhe que um dos factores mais contraditórios com que me deparei até hoje foram os terríveis acontecimentos que abalaram as cidades de Nova York e Washington no 11 de Setembro de 2001. Digo contraditório porque se por um lado foi um acontecimento que me abalou profundamente por forma a me sentir bastante "perdido" neste nosso perfeito, ou talvez não, Mundo, deu-me também uma vontade maior para poder seguir o meu desejo de poder enveredar pela carreira diplomática servindo assim como um veículo de comunicação entre grupos opostos como forma de incentivar o diálogo e assim servindo como a plataforma entre a sanidade e o indesejado caos.
Cerca de um ano depois, um ano que de todas as formas abalou a nossa vivência em todos os aspectos, em que todos nós aprendemos novamente como viver e como estar numa comunidade global que engloba tantas pessoas e tantas formas de estar na vida, deparo-me com algo que me deixou deveras preocupado com a nossa própria posição face ao problema do terrorismo. Foi com o maior espanto que, ao ligar a televisão para ver a única coisa a que ainda presto atenção, o noticiário, que deparo com uma reportagem sobre uma manifestação de apoio aos próprios ataques terroristas de 11 de Setembro em pleno solo da capital britânica, Londres. Se os acontecimentos de um ano antes me causaram uma consternação enorme, os desse ano provocaram-me um sentimento enorme de revolta e mal-estar.
É certo que vivemos num espaço onde se apregoam as liberdades individuais de cada um, as mesmas que defendo na sua totalidade, no entanto, toda a liberdade só é respeitada quando de acordo com o mesmo respeito pelas liberdades dos outros cidadãos. Se é real que todos nós temos o direito de exprimir a nossa opinião dizendo aquilo que pensamos, não é menos verdade que a liberdade conferida a um grupo de cidadãos para rejubilarem com a morte de milhares de outros é uma ofensa contra a minha moral e a minha liberdade de chorar pelas vidas que foram injusta e violentamente retiradas pelos selváticos actos cometidos por fanáticos que usam e abusam da violência em nome de causas sem fim ou fundamento, não se preocupando minimamente pelo respeito ou pela dignidade humana.
Existe quem defenda a ideia de que para criticarmos os outros precisamos em primeiro lugar de nos criticarmos a nós próprios. Como tal, e defendendo novamente a ideia de que habitamos todos o mesmo espaço, e de que somos detentores da mesma nacionalidade Europeia, aponto a permissão destas manifestações de apoio aos atentados terroristas como sendo o nosso erro. Fui criado e educado num seio em que sempre me foi transmitida a ideia de que se deve defender e respeitar um próximo, e ao mesmo tempo defender causas que acho dignas e banir as injustas. O Governo britânico, ao permitir manifestações em defesa de actos bárbaros contra a segurança de vidas humanas, agiu erradamente, e contra algo ainda de maior que é a moral.
Pergunto também, na qualidade de cidadão Ibérico, ao Sr. Embaixador, o que acha dos atentados terroristas do 11 de Março na cidade de Madrid ? Vai permitir que o seu governo e o seu país façam manifestações de apoio aos ataques que provocaram a morte de mais 200 cidadãos ? Ou vai chamar a atenção das suas autoridades e do seu governo ? Espero para bem da nossa identidade e da nossa moral que a segunda hipótese seja aquela que escolhe.
Acreditando piamente nos valores que unem os nossos povos, já não falando na longa tradição de unidade e amizade que ligam Portugal e o Reino Unido desde há muitos séculos, bem como sermos ambos membros de pleno direito da Europa, espero sinceramente não ter mais nenhum desgosto de ver tais manifestações que me fizeram ter vergonha de partilhar o mesmo espaço com o mesmo povo ao qual o meu está ligado por tantos laços à tantos séculos. Acredito convictamente que o Sr. Embaixador possa e VÁ fazer algo que pelo menos demonstre o repúdio por estes actos. A questão não é se terá resultados imediatos. A questão é que pelo menos a minha voz, bem como a de muitos outros, através da SUA seja finalmente escutada.
Mais uma vez agradeço-lhe profundamente o tempo que tomou ( espero ! ) a ler esta carta aberta e deixo-o com os meus mais cordiais e respeitosos cumprimentos.
Atenciosamente
Paulo Peralta
O meu nome é Paulo Peralta, sou um estudante de 24 anos do curso de Ciência Política, e quero futuramente seguir a carreira diplomática, tal como o senhor.
Apesar do motivo que me leva a escrever-lhe esta carta aberta não ser infelizmente o melhor, desde já lhe envio os meus mais cordiais cumprimentos, e espero muito sinceramente que esta carta lhe chegue às mãos, e que possa dispender de algum do seu tempo para a ler.
Como cidadão Europeu, e que acredita convictamente na possibilidade e na realidade que é o ideal de projecto europeu como uma nação ou território de ideais pela Liberdade e pelo respeito, e sendo eu um cidadão deste território, que abrange muitos milhões de cidadãos desde Portugal à Rússia, composto por uma diversidade linguística, cultural, histórica, religiosa e social, tento manter-me sempre alerta ou minimamente informado a respeito daquilo que por entre estas nossas "paredes" sempre abertas ocorre, bem como aquilo que ocorrendo fora delas nos pode ir também afectando ou influenciando.
Sentindo-me não superior mas sim consciente sobre as tristes e infelizes realidades que a cada dia vão assolando o nosso Mundo e a civilização de uma forma geral, posso assegurar-lhe que um dos factores mais contraditórios com que me deparei até hoje foram os terríveis acontecimentos que abalaram as cidades de Nova York e Washington no 11 de Setembro de 2001. Digo contraditório porque se por um lado foi um acontecimento que me abalou profundamente por forma a me sentir bastante "perdido" neste nosso perfeito, ou talvez não, Mundo, deu-me também uma vontade maior para poder seguir o meu desejo de poder enveredar pela carreira diplomática servindo assim como um veículo de comunicação entre grupos opostos como forma de incentivar o diálogo e assim servindo como a plataforma entre a sanidade e o indesejado caos.
Cerca de um ano depois, um ano que de todas as formas abalou a nossa vivência em todos os aspectos, em que todos nós aprendemos novamente como viver e como estar numa comunidade global que engloba tantas pessoas e tantas formas de estar na vida, deparo-me com algo que me deixou deveras preocupado com a nossa própria posição face ao problema do terrorismo. Foi com o maior espanto que, ao ligar a televisão para ver a única coisa a que ainda presto atenção, o noticiário, que deparo com uma reportagem sobre uma manifestação de apoio aos próprios ataques terroristas de 11 de Setembro em pleno solo da capital britânica, Londres. Se os acontecimentos de um ano antes me causaram uma consternação enorme, os desse ano provocaram-me um sentimento enorme de revolta e mal-estar.
É certo que vivemos num espaço onde se apregoam as liberdades individuais de cada um, as mesmas que defendo na sua totalidade, no entanto, toda a liberdade só é respeitada quando de acordo com o mesmo respeito pelas liberdades dos outros cidadãos. Se é real que todos nós temos o direito de exprimir a nossa opinião dizendo aquilo que pensamos, não é menos verdade que a liberdade conferida a um grupo de cidadãos para rejubilarem com a morte de milhares de outros é uma ofensa contra a minha moral e a minha liberdade de chorar pelas vidas que foram injusta e violentamente retiradas pelos selváticos actos cometidos por fanáticos que usam e abusam da violência em nome de causas sem fim ou fundamento, não se preocupando minimamente pelo respeito ou pela dignidade humana.
Existe quem defenda a ideia de que para criticarmos os outros precisamos em primeiro lugar de nos criticarmos a nós próprios. Como tal, e defendendo novamente a ideia de que habitamos todos o mesmo espaço, e de que somos detentores da mesma nacionalidade Europeia, aponto a permissão destas manifestações de apoio aos atentados terroristas como sendo o nosso erro. Fui criado e educado num seio em que sempre me foi transmitida a ideia de que se deve defender e respeitar um próximo, e ao mesmo tempo defender causas que acho dignas e banir as injustas. O Governo britânico, ao permitir manifestações em defesa de actos bárbaros contra a segurança de vidas humanas, agiu erradamente, e contra algo ainda de maior que é a moral.
Pergunto também, na qualidade de cidadão Ibérico, ao Sr. Embaixador, o que acha dos atentados terroristas do 11 de Março na cidade de Madrid ? Vai permitir que o seu governo e o seu país façam manifestações de apoio aos ataques que provocaram a morte de mais 200 cidadãos ? Ou vai chamar a atenção das suas autoridades e do seu governo ? Espero para bem da nossa identidade e da nossa moral que a segunda hipótese seja aquela que escolhe.
Acreditando piamente nos valores que unem os nossos povos, já não falando na longa tradição de unidade e amizade que ligam Portugal e o Reino Unido desde há muitos séculos, bem como sermos ambos membros de pleno direito da Europa, espero sinceramente não ter mais nenhum desgosto de ver tais manifestações que me fizeram ter vergonha de partilhar o mesmo espaço com o mesmo povo ao qual o meu está ligado por tantos laços à tantos séculos. Acredito convictamente que o Sr. Embaixador possa e VÁ fazer algo que pelo menos demonstre o repúdio por estes actos. A questão não é se terá resultados imediatos. A questão é que pelo menos a minha voz, bem como a de muitos outros, através da SUA seja finalmente escutada.
Mais uma vez agradeço-lhe profundamente o tempo que tomou ( espero ! ) a ler esta carta aberta e deixo-o com os meus mais cordiais e respeitosos cumprimentos.
Atenciosamente
Paulo Peralta
Tuesday, July 27, 2004
Se estamos chateados é porque estamos chateados... Se estamos bem dispostos, é porque estamos bem dispostos... É-se preso por ter cão, e ao mesmo tempo também se é preso por não o ter... Paradigmas... ? Fenómenos da Natureza... ? Fenómenos por certo...
Já dizia a grande Katherine Hepburn: " Never complain, never explain ".
Habituem-se.... Se quiser dizer algo, EU DIGO !!!
E com esta me despeço por agora, porque isto já é o sono a "falar"
Já dizia a grande Katherine Hepburn: " Never complain, never explain ".
Habituem-se.... Se quiser dizer algo, EU DIGO !!!
E com esta me despeço por agora, porque isto já é o sono a "falar"
Monday, July 26, 2004
É certo e sabido por todos aqueles que me conhecem que, para eu pegar num livro é porque tenho de facto, mesmo MUITO interesse em ler o dito. Através de uma pequena referência numa qualquer revista, olhei para o nome do autor, Victor Hugo, e achei o nome do livro " O Último Dia de um Condenado", interessante. Foi sem pensar duas vezes que me dirigi à FNAC para procurar e adquirir o livro. Confesso que até ao momento, me tem prendido todas as atenções. Confesso que vou ainda no início, mas para isto acontecer é porque o título do livro me despertou mesmo MUITO interesse, bem como a breve sinopse do mesmo: " Um brilhante manifesto contra a pena de morte ". Ao mesmo tempo, deparei através de uma pesquisa pela net, com o tambem magnífico dito de Victor Hugo:
" É belo modelar uma estátua e dar-lhe vida, mas é sublime modelar uma inteligência e dar-lhe liberdade "
Belo seria também, poder ter uma hora para poder falar com uma pessoa que profira palavras destas. Uma pessoa com quem pudesse vibrar só de a ouvir. Prometia o meu silêncio, pois não podemos travar o raciocínio de " mentes pensantes ". Temos de as deixar " divagar " no seu próprio Mundo, de forma a permitir-nos a nós viajar por lá, e construindo o nosso próprio Mundo.
" É belo modelar uma estátua e dar-lhe vida, mas é sublime modelar uma inteligência e dar-lhe liberdade "
Belo seria também, poder ter uma hora para poder falar com uma pessoa que profira palavras destas. Uma pessoa com quem pudesse vibrar só de a ouvir. Prometia o meu silêncio, pois não podemos travar o raciocínio de " mentes pensantes ". Temos de as deixar " divagar " no seu próprio Mundo, de forma a permitir-nos a nós viajar por lá, e construindo o nosso próprio Mundo.
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