To Kill my Inner Voice.... Qual será o objectivo de se eliminar a voz dos outros ? Desconforto... Má vontade... Ou o simples puro gozo ? As três unidas dizem-me ! Pois... Pessoalmente também alinho muito por esta última corrente. O único problema é saber qual a verdadeira motivação por detrás destes 3 pilares fundamentais. Desconforto talvez porque é incómodo ter uma ideia ou um pensamento... De facto pensar, algo que mais ninguém controla a não sermos nós próprios, é para a grande maioria das pessoas um problema.... Talvez por isso mesmo não o façam cerca de 70 % do tempo ( só ? ) que passam durante uma vida.. Daí compreendo como se torna desconfortável.A isto associado está a Má vontade, ou seja, para quê deixar o outro pensar, quando eu próprio não o consigo fazer ? É tão mais simples e confortável poder agir de má fé para contra terceiros, e assim tentar fazer com que os outros tenham " rédeas curtas ".Com isto tudo, resume-se a puro gozo... " Como eu não consigo, então mais ninguém conseguirá " a velha táctica do " eu quero, posso e mando ". E não somos nós portugueses tão acérrimos defensores desta boa e velha teoria que tem moldado a nossa maneira de ser nos últimos quê ?.... 800 anos ? E depois espantam-se quando eu falo mais do que aquilo que devo... Mas afinal, o que é de facto aquilo que devo ? Há limites... barreiras... fronteiras ? Hmm..... censura... pois... outro velho hábito português... a censura.... Enfim... MAIS palavras para quê ?Há limites para o que se deve dizer ou haverá modos de dizer tudo ? A meu ver, há modos de dizer tudo... Podemos chamar a atenção aos berros, o que irá suscitar um conflito, ou então mais simples será chamar a atenção de alguém com um pequeno reparo sobre uma determinada atitude do seu comportamento. Inibir no entanto, não será a melhor forma.Começo a ficar seriamente afectado sobre os propósitos das pessoas... Afectado repare-se, não diz respeito a que mude os meus hábitos sobre aquilo que faça.. Aliás, posso até mudá-los, mas nunca abandoná-los ou retraí-los. A mudança torna-se saudável desde que feita racionalmente e de consciência, e não de uma forma abrupta e inconstante. Não pode ser é, no entanto, provocado por outra pessoa que não seja, o próprio.Enfim.. Desabafos das 4 da manhã... o mais certo é isto nem ter o impacto que "supostamente" deveria ter.... ou não.... por isso por hoje páro... Já regressei do meu exílio bloguista que mais um pouco se dava por um mês, por isso, apesar de tudo já não foi mau... Aproveitem meus caros leitores, se é que ainda existem, porque infelizmente eu não duro sempre para os presentear com estas minhas pequenas " histerias de altas horas "... :D
Sunday, November 28, 2004
Tuesday, November 09, 2004
Passam hoje 15 anos sobre o dia que mudou o rosto do minha Europa. O dia em que se acabaram as divisões entre o lado Ocidental e Oriental do mesmo povo. Um dia que me marcou, bem como transformou a minha maneira de olhar para o Mundo. Ainda me lembro de muitas coisas deste dia. Pela LIBERDADE que é tão constantemente esquecida
Friday, November 05, 2004
E assim passam mais umas eleições Presidenciais Americanas... Tendo em conta que acreditava piamente que os eleitores desta dita "Great Nation" ansiavam pela mudança daquilo que TODOS, ou quase, apelidavam como o "pior Presidente que os Estados Unidos alguma vez viram", deixei-me estar até tarde, BEM TARDE, a ver os relatos destas Presidenciais, quer através da SIC Notícias quer da CNN, quando depois de uma pequena pausa para dar descanso ao cérebro, vejo que Bush estava à frente, e prestes a alcançar a Presidência.
Fui dormir...
Qual não foi o meu espanto, ou talvez já nenhum, ao saber no dia seguinte que Bush tinha vencido as eleições. Surpresa ?! Bem... analisando lá bem no fundo, não é de facto surpresa nenhuma. As pessoas não anseiam pela mudança. As pessoas desejam manter tudo igual. Tudo inalterável. Tudo pelo MAL... Tudo pelo retrógrado, pelo imutável. A estagnação ? O retrocesso ? Tudo...
Foi com profundo desagrado que constatei no passado dia 3 de Novembro, que o fosso que separa os dois lados do Atlântico, estava de facto em risco de se abrir ainda mais. Resta saber agora quantas pessoas irá ele "engolir" desta vez, e a propósito de que nova vaga de invasões justificadas ( ? ou não ? ).
No mesmo dia recebi um mail fantástico de um amigo português que se encontra neste momento a viver nos Estados Unidos, e que vou transmitir, para que sábias palavras possam, espero, ter algum eco na mente de quem as lê, pois espelham muito bem aquilo que vai também na minha mente, e não ser capaz de o pôr nas melhores palavras.
" Olá a todos,
Hoje parece ser um dia triste para a maioria dos Europeus. "Four more years" (o slogan republicano para a re-eleição do Bush) pegou e ficou. E a reacção tem vindo de vários quadrantes. Hoje alguém perguntou-me: "tens a noção que vives entre atrasados mentais?" (Portugal). Outra pessoa dizia-me "I am still in denial" (EUA). Outro ainda disse que eram como viver em 2003 e perceber que o Bush fica até 2008 sem eleições (EUA).
Vivo no condado do Cuyahoga, onde fica Cleveland. Todos os olhos estavam fixados em nós ontem à noite: quem iria ganhar o Ohio? Os resultados das principais cidades saiam, mas do Cuyahoga publicavam-se poucos ou nenhums resultados. Afinal, as mesas de voto tinham fechado às 19:30 e porque raio era 23:00 e ainda só se tinha 15% das votações? O facto é que os americanos em muitos aspectos ofereceram uma lição de humildade do mundo sobre a democracia.
Não existem sistemas perfeitos de democracia. Mas ontem foram às urnas mais de 100 milhões de pessoas votar nas eleições mais importantes algumas vez na memória do país (e do mundo?). Sabia-se que muita gente iria votar pela primeira vez e que muita gente que tinha preferido ficar em casa em eleições anteriores iria votar desta vez. Nunca se pensou que tanta gente aparecesse. O resultado foram filas e horas e horas de espera. Horas e horas de espera onde as mesas não fechavam porque toda a gente contava e ninguém fica para trás. Muitas mesas do Cuyahoga não fecharam antes das 21:00 e das 22:00 (de acordo com o reportado na televisão). A corrida presidencial decorreu em feição: não houve problemas com o voto electrónico; não houve intimidação para com os eleitores; houve um vencedor claro e absoluto 24 horas depois das eleições - e um que ganhou o total nacional.
No Cuyahoga as pessoas esta tarde estavam tristes e a chuva que caía sobre Cleveland ajudava ao clima triste. Afinal cerca de 68% das pessoas votaram em Kerry, tendo ganho dentro do condado com uma margem de 220.000 votos (total só mesmo ultrapassado em Filadelphia). Ninguém no Ohio queria tanto uma vitória do Kerry como em Cleveland, mas a cidade não são os campos e as áreas suburbanas do país. Esse país distante que chamamos América escolheu o seu candidato; mas essas pessoas não vivem ao pé das antigas torres gémeas, não olham todos os dias sobre Manhatan e não sentem o medo de andar de metro todos os dias; essas pessoas não sentem as ameaças de segurança todos os dias contra os prédios do FMI ou do Banco Mundial. A "América real" escolheu o seu candidato: pelos valores conservadores, apoiados na religião e agitando os fantasmas do medo. É esta a América com que temos que lidar.
Inté a todos.
Hugo "
Hoje parece ser um dia triste para a maioria dos Europeus. "Four more years" (o slogan republicano para a re-eleição do Bush) pegou e ficou. E a reacção tem vindo de vários quadrantes. Hoje alguém perguntou-me: "tens a noção que vives entre atrasados mentais?" (Portugal). Outra pessoa dizia-me "I am still in denial" (EUA). Outro ainda disse que eram como viver em 2003 e perceber que o Bush fica até 2008 sem eleições (EUA).
Vivo no condado do Cuyahoga, onde fica Cleveland. Todos os olhos estavam fixados em nós ontem à noite: quem iria ganhar o Ohio? Os resultados das principais cidades saiam, mas do Cuyahoga publicavam-se poucos ou nenhums resultados. Afinal, as mesas de voto tinham fechado às 19:30 e porque raio era 23:00 e ainda só se tinha 15% das votações? O facto é que os americanos em muitos aspectos ofereceram uma lição de humildade do mundo sobre a democracia.
Não existem sistemas perfeitos de democracia. Mas ontem foram às urnas mais de 100 milhões de pessoas votar nas eleições mais importantes algumas vez na memória do país (e do mundo?). Sabia-se que muita gente iria votar pela primeira vez e que muita gente que tinha preferido ficar em casa em eleições anteriores iria votar desta vez. Nunca se pensou que tanta gente aparecesse. O resultado foram filas e horas e horas de espera. Horas e horas de espera onde as mesas não fechavam porque toda a gente contava e ninguém fica para trás. Muitas mesas do Cuyahoga não fecharam antes das 21:00 e das 22:00 (de acordo com o reportado na televisão). A corrida presidencial decorreu em feição: não houve problemas com o voto electrónico; não houve intimidação para com os eleitores; houve um vencedor claro e absoluto 24 horas depois das eleições - e um que ganhou o total nacional.
No Cuyahoga as pessoas esta tarde estavam tristes e a chuva que caía sobre Cleveland ajudava ao clima triste. Afinal cerca de 68% das pessoas votaram em Kerry, tendo ganho dentro do condado com uma margem de 220.000 votos (total só mesmo ultrapassado em Filadelphia). Ninguém no Ohio queria tanto uma vitória do Kerry como em Cleveland, mas a cidade não são os campos e as áreas suburbanas do país. Esse país distante que chamamos América escolheu o seu candidato; mas essas pessoas não vivem ao pé das antigas torres gémeas, não olham todos os dias sobre Manhatan e não sentem o medo de andar de metro todos os dias; essas pessoas não sentem as ameaças de segurança todos os dias contra os prédios do FMI ou do Banco Mundial. A "América real" escolheu o seu candidato: pelos valores conservadores, apoiados na religião e agitando os fantasmas do medo. É esta a América com que temos que lidar.
Inté a todos.
Hugo "
A única coisa que agora espero, é que continue este meu espaço europeu a ter os mesmos grandes líderes que teve nos últimos anos, que consigam dizer NÃO e fazer frente a quem nos queira lançar numa próxima loucura e corrida pelo sangue.
A única coisa que espero... é que agora mais que nunca, saiba o meu povo unir-se numa voz, para poder fazer frente aos novos desafios que nos vão sendo "impostos" ( ? ) pelas novas vontades de encontrar um novo inimigo que justifique a vontade de alguém em comandar o Mundo pela força, pela subjugação e pela opressão.
A todos desejo, uns menos maus, porque bons não chegam a ser nunca, próximos QUATRO anos, e que nos aguarde o mal menor...
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